Fato ou Fake: Afinal, o que é mito e o que é verdade sobre o Coronavírus?
Em meio ao temor do Covid-19, fake news circulam em grupos de WhatsApp e causam desinformação. Afinal, o que é mito e o que é real sobre a doença?
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Com dois pacientes com coronavírus (Covid-19) no Brasil, 14 casos sob investigação em Mato Grosso do Sul, e falta de álcool em gel nos comércios, terapias “diferentonas” começam a circular como alternativa à prevenção, principalmente em grupos de WhatsApp. O problema é que muitas delas não passam de um mito e não têm comprovação científica alguma de que funcionam.
A falta do álcool em gel não é um problema, já que apenas lavar as mãos com água e sabão já é um hábito capaz de evitar infecções microbianas. A seguir, confira quais são as informações que mais circulam sobre o coronavírus e saiba o que é fato ou fake.
Altas doses de Vitamina D evitam o coronavírus?
Mito. Um dos mitos que mais circulam em grupos do WhatsApp, assinada por um suposto médico da SBI (Sociedade Brasileira de Infectologia), trata sobre a capacidade da Vitamina D em altas doses ser capaz de evitar Covid-19. De fato, vitamina D é essencial para uma boa imunidade e sua falta enfraquece o organismo, mas uma superdosagem do mesmo também não vai evitar a infecção. Higienizar as mãos com frequência, proteger o rosto ao espirrar ou tossir e não tocar no rosto com as mãos sujas continuam sendo a melhor forma de prevenção.
Chá de erva-doce mata o vírus?
Mito. Ao contrário do que trazem as mensagens, não há evidências científicas de que erva-doce seja capaz de evitar coronavírus. Antes de ser adaptada para o coronavírus, a fake news que circulava trazia que o composto tinha o mesmo princípio ativo que o Tamiflu, remédio utilizado para tratar a influenza H1N1. Porém, a informação é falsa. Higienizar as mãos com frequência, proteger o rosto ao espirrar ou tossir e não tocar no rosto com as mãos sujas continuam sendo a melhor forma de prevenção.
Chá de abacate, hortelã, alho, gengibre, etc matam o coronavírus?
Mito. Outro boato que circula são de ervas, frutas e outros fitoterápicos capazes de matar o coronavírus. Assim como erva-doce, ainda não há nenhuma evidência científica de que estes produtos têm esse poder. É claro que uma boa alimentação e adoção de práticas saudáveis vão influenciar no fortalecimentos do sistema imunológico e que muito fitoterápicos contribuem para isso. Mas, até o momento, não há qualquer remédio específico ou vacina para combater o coronavírus. Higienizar as mãos com frequência, proteger o rosto ao espirrar ou tossir e não tocar no rosto com as mãos sujas continuam sendo a melhor forma de prevenção.
Comprar mercadorias da China pode trazer o coronavírus?
Mito. A OMS (Organização Mundial da Saúde) já destacou que, de acordo com experiência de outros coronavírus, foi comprovado que eles não sobrevivem por muito tempo em objetos, como cartas ou pacotes. Já se sabe que o vírus do Covid-19 pode viver até 9 horas no ambiente, a depender do clima, mas esse tempo não seria suficiente para ocorrer a transmissão a partir do contato com uma embalagem, pois estas encomendas podem demorar semanas para chegar. Assim, seguir o protocolo de prevenção segue sendo a maneira mais eficaz de evitar a doença.
Loló e cocaína evitam o coronavírus?
Mito. Das fake news que circulam sobre o coronavírus, este parecer ser o mito mais grave e sem lógica. O consumo de loló (uma mistura de éter e clorofórmio) e da cocaína não tem nenhuma relação com o coronavírus, além de que as substâncias são proibidas por lei e são capazes de causar dependência. É importante lembrar, mais uma vez, que ainda não foram identificados fármacos capazes de matar o coronavírus. Enquanto isso, siga o protocolo de prevenção.
Cães podem transmitir o novo coronavírus?
Mito. Esta informação está se espalhando pela internet depois que um cão em Hong Kong foi colocado em quarentena de 14 dias após cientistas terem encontrado baixas quantidades do Covid-19 no animal, que não manifestou sintomas da doença. De fato, a informação procede, mas ainda não é possível saber se o animal está infectado ou se é capaz de transmitir. A hipótese mais plausível é que as cópias do vírus encontradas nas mucosas do cão sejam decorrentes da infecção no ambiente. Vale lembrar que existem vários tipos de coronavírus, inclusive o canino, para o qual existe até vacina (a V10). Mas, este tipo de coronavírus não é contagioso em humanos. Enquanto cientistas investigam isso, siga o protocolo de prevenção.
O clima brasileiro enfraquece o coronavírus?
Não há certeza, mas há possibilidade. O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, já explicou que a transmissão de vírus que afetam o sistema respiratório é mais comum em climas frios, como no inverno do hemisfério norte, onde surgiu o novo coronavírus. Devido a isso, há expectativa de que o clima brasileiro na atual estação seja um obstáculo. Porém, as pesquisas ainda investigam se o vírus vai se comportar desta maneira em países de clima quente. Enquanto isso, siga o protocolo de prevenção.
O vírus atinge somente idosos?
Mito. Este é outro mito infundado, já que o vírus do Covid-19 pode atingir qualquer pessoa e, assim como a gripe, pode matar. A taxa de letalidade do novo coronavírus é de 2,3%. Porém, entre pessoas com mais de 80 anos e/ou com doenças crônicas, a taxa de letalidade praticamente quintuplica e vai a 14,8%. Por isso, é importante seguir o protocolo de prevenção, independente da idade.
Máscaras evitam o coronavírus?
Mito. Elas podem até ajudar, mas não são consideradas eficientes na prevenção. Trata-se de um mito que cresceu nas últimas semanas com base num costume dos chineses, que usam máscaras até devido à poluição do ar. Profissionais de saúde, por exemplo, utilizam um kit com máscaras especiais (N95), luvas cirúrgicas e óculos de proteção, porque não adianta proteger as narinas e a boca e não proteger os olhos. As máscaras são indicadas, na verdade, a pessoas que já estejam com sintomas gripais como uma forma de evitar a propagação. Afinal, tanto a influenza como o coronavírus também são transmitidas por gotículas de saliva. Para evitar a doença, a melhor maneira é seguir o protocolo de prevenção.
Álcool em gel e higiene das mãos matam o coronavírus?
Verdade! E esta é a melhor maneira e a mais simples de evitar não só o Covid-19, mas a maioria das doenças causadas pro micro-organismos. Basta adotar uma rotina de higienização das mãos, que pode ser feita com álcool em gel ou com água e sabão!
A lavagem das mãos deve ocorrer em intervalos frequentes, de duas a três horas, ou sempre que tocar em superfícies “coletivas”, como corrimãos. Basta abrir a torneira e ensaboar gentilmente as mãos, o espaço entre os dedos, unhas e o pulso por cerca de 20 segundos e depois enxaguar em água corrente.
No caso da limpeza de superfícies, itens de limpeza como água sanitária, álcool 70% e demais desinfetantes podem e devem ser utilizados para livrar os locais de bactérias.
Também deve-se evitar tocar no rosto e mucosas (olhos, boca, narinas) com as mãos sujas, bem como proteger o rosto com a parte interna do cotovelo ao tossir ou espirrar. utilize sempre lenços descartáveis, que devem ser jogados imediatamente no lixo após o uso. Na sequência, higienize novamente as mãos.
Ainda tem dúvidas sobre o Covid-19 e quer saber o que é mito ou não? Confira o site do Ministério da Saúde dedicado à doença.
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