Depois da hashtag exposedcg chegar aos Trending Topics Brasil no Twitter, a (Ordem dos Advogados do Brasil, seccional de Mato Grosso do Sul) fez alerta para que as vítimas não deixem de denunciar os casos de assédio e abuso que sofreram na Capital.

Com o movimento iniciado em todo o País, campo-grandenses sentiram-se seguras para relatar episódios em que enfrentaram violência contra a mulher. Para a OAB, chama a atenção a quantidade de relatos envolvendo adolescentes.

“Em temos a Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente, o Ministério Público, Conselhos Tutelares. São essas autoridades que as vítimas devem procurar para que a apuração seja feita conforme regem as leis e a nossa OAB/MS também está à disposição. Orientamos aos filhos que em situações de risco conversem com seus pais ou responsáveis. Afinal, eles são os seus porto seguro e a base da vida é o fortalecimento familiar”, destacou o presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente Elton Nasser.

Após a enxurrada de relatos, alguns dos denunciados procuraram a Polícia Civil para registrarem boletins de ocorrência por preservação de direitos. A OAB ressalta que, em casos onde não há comprovação ou não sejam seguidas garantias de direitos constitucionais, as denúncias podem resultar em ações penais.

Mesmo assim, destaca a importância de dar apoio às vítimas e aponta que a dor compartilhada tende a ser menor, o que pode explicar o fato de muitos relatos só terem vindo à tona coletivamente.

“Solidarizamos e afirmamos que elas não estão sozinhas. Neste momento não nos cabe julgar o motivo que as levou a tomar essa atitude extrema e repelimos qualquer manifestação que as culpabilizem. Não ficaremos alheias aos fatos apresentados. As denúncias devem ser oficializadas para que os criminosos não saiam impunes”, afirmou a presidente da Comissão da Mulher Advogada, Cláudia Cafure.

Como denunciar?

Para o atendimento especializado, as mulheres podem procurar ouvidorias da , pelo telefone 67 4042-1324 ou pela Central de Atendimento à Mulher, pelo 180, que funciona 24 horas por dia, de segunda a domingo, inclusive feriados. A ligação é gratuita e o atendimento é de âmbito nacional.

Na ligação, a mulher será orientada e informada sobre seus direitos legais e as unidades que ela pode procurar apoio, conforme o caso, dentre eles as Delegacias de atendimento especializado à mulher, Defensorias Públicas, postos de saúde, Instituto Médico Legal, para casos de , centros de referência, casas de abrigo e outros mecanismos de promoção de defesa de direitos da mulher.