O retorno das aulas presenciais nas escolas particulares, pré-definido para o dia 10 de setembro, tem gerado insegurança a pais e . Com isso, a (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul) defende que o retorno seja somente em 2021 e com os protocolos estabelecidos pela OMS (Organização Mundial de Saúde).

É esse posicionamento que a entidade vai defender na próxima reunião da Comissão Estadual Provisória de Volta às Aulas, que será realizada na quinta-feira (27). “Esperamos que as decisões tomadas pelo comitê sejam respeitadas pelos municípios”, pontuou o presidente da Fetems, Jaime Teixeira.

Então, no dia 3 de setembro, reunião entre MPMS (Ministério Público de MS), prefeitura e integrantes das escolas particulares irá definir se a data de 10 de setembro será mantida. “A maioria das entidades ligadas à educação em MS são contra o retorno em 2020”, declarou Jaime.

Conforme o dirigente, a entidade defende que o retorno seja somente em 2021 “e com os protocolos da OMS. Agora, não temos condições de termos aulas por vários motivos”, destacou.

Mobilização de pais

Com maioria contra levar os filhos para a escola em plena pandemia, pais de alunos criaram até um grupo no Facebook para protestar contra o retorno: “Ano Letivo se recupera ,Vidas Não!!! MS”.

Criado há 10 dias, o grupo já conta com mais de 200 membros e todos defendem que só haja o retorno quando houver condições seguras para as crianças.

O membro Lairson Palermo defendeu “criar um forte Movimento para impedir esta irresponsabilidade com nossas crianças e com a saúde coletiva agora”.

A notícia de que, nos Estados Unidos, 820 alunos foram para após retorno das aulas naquele país foi compartilhada e gerou mais um alerta feito por membros do grupo.

Mykael Vitor Alves lembrou a situação dos leitos na cidade. “Imagina em um momento que falta leitos na cidade, começar um novo aumento causado pelo retorno às aulas”.

Pressão

O MPMS já confirmou que as escolas particulares pedem uma data de retorno das aulas presenciais desde abril. A primeira foi definida para 1º de julho, mas com o aumento de casos e ocupação de leitos em junho, a data foi revogada. Em seguida, definiram para dia 24 de agosto e, agora, para 10 de setembro.