O segundo dia de Carnaval na Esplanada Ferroviária em começou com a turma do neste domingo (23). Animadas com o bloco, as folionas relataram que apesar de campanhas como o “Não é Não”, muitos não se conscientizam e cometem assédio contra as mulheres.

A opinião sobre o comportamento dos foliões é bem dividida e, inclusive, as jovens relataram investidas e insistência de alguns.

Em 2° dia de blocos de rua de Campo Grande, folionas reclamam que assédios persistem
Clara e Victoria | Foto: Henrique Arakaki, Midiamax

Clara de Brito, de 18 anos, participou do primeiro dia de na esplanada e conta que apesar de negar contato com um rapaz, ele insistiu. “Um rapaz pegou no meu pulso e tentou me beijar”, contou.

Outra jovem de 18 anos, Maria Clara, relatou que uma situação parecida aconteceu neste domingo, no começou do bloco. “Um homem me parou e me ofereceu bombom para eu comprar. Nisso, ele partiu para cima e tentou me beijar. Depois nos esbarramos de novo e ele fez isso novamente”, afirmou.

Em 2° dia de blocos de rua de Campo Grande, folionas reclamam que assédios persistem
Maria Clara | Foto: Henrique Arakaki, Midiamax

O comportamento de alguns homens, segundo Victoria de Brito, de 17 anos, fica pior no passar das horas no bloco. A estudante diz que é necessário mais informações e campanhas para reforçar que, de fato, ‘Não é Não'.

As atitudes têm melhorado

Por outro lado, têm folionas que afirmam que o comportamento nos blocos tem melhorado por conta das campanhas de conscientização, mas que ainda não está 100%.

Ana Lizandra, de 20 anos, comenta que, até então, nada aconteceu com ela nas festividades de Carnaval. A foliona diz que nos dias atuais, a mulher se tornou mais informada e moderna, preparada para lidar com essas situações.

Comparando com o ano anterior, Alessandra de Lima, de 22 anos, disse que melhorou. “A mulher tem que ter mais voz, como está acontecendo agora”, afirmou.

Outras folionas, como Jéssica Lopes, de 24 anos, Caroline Curtolo, de 26 e Daniela Sawaris, de 21, disseram que o ainda existe e as campanhas precisam ser intensificadas para coibir o assédio.