Efeito pandemia: empresas de Campo Grande aderem a home office e encerram aluguéis

O novo modelo de trabalho imposto pela pandemia do coronavírus em várias partes do mundo fez com que empresas de diferentes setores reavaliassem a rotina de seus funcionários. Prática comum em grandes metrópoles, a entrega de imóveis e salas comerciais alugadas por empresas que dispensaram funcionários para trabalho domiciliar também chegou a Campo Grande. Com […]

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O novo modelo de trabalho imposto pela pandemia do coronavírus em várias partes do mundo fez com que empresas de diferentes setores reavaliassem a rotina de seus funcionários. Prática comum em grandes metrópoles, a entrega de imóveis e salas comerciais alugadas por empresas que dispensaram funcionários para trabalho domiciliar também chegou a Campo Grande.

Com o novo comportamento das empresas, o mercado imobiliário comercial também sente os reflexos e oscila entre altos e baixos, após a profunda crise econômica causada pela pandemia.

Corretor de uma imobiliária da Capital, Vitor Moriya, de 32 anos, revela exemplo de um escritório de cobrança que entregou seu espaço até então alugado. Ele explica que a direção do escritório tomou a decisão depois de optar pelo home office para os funcionários, medida que além de garantir segurança de quem trabalha, também reduz custos das empresas.

O profissional também avalia que com a queda de faturamento em razão da crise, as empresas que não conseguem entregar imóveis por ter necessidade de serviço presencial acabaram renegociando valores de aluguéis com os proprietários. Com isso, muita gente conseguiu reduzir o valor dos aluguéis até pela metade.

Além disso, o principal índice aplicado nos reajustes do valor da locação, IGP-M, está em elevação. Seu acumulado em 12 meses chega a 24,25%, segundo a Fundação Getúlio Vargas. Com essa porcentagem, o corretor teme que várias pessoas não conseguirão bancar o aluguel. “Se aplicar uma atualização de 24%, muitas pessoas não conseguirão honrar com os pagamentos. ”

Outra tendência de mercado como consequência do home office é a redução do tamanho dos espaços alugados pelas empresas. Com isso, muita empresa decidiu por mudar de endereço e trocar grandes imóveis por espaços menores.

Retomada

Se de um lado há empresas e escritórios que decidiram entregar seus pontos físicos e optaram por home office, de outro há empresários apostando no momento e buscando espaços físicos para alugar.

Thomaz Koltermann, gerente de outra imobiliária de Campo Grande, explica que em alguns casos, há até dificuldade para encontrar imóveis para aluguéis em pontos valorizados da cidade, como é o caso da Avenida Afonso Pena, principal via de Campo Grande.

Na avaliação do gerente, em caso de empresas em que o foco são clientes de alto padrão, consequentemente o capital das empresas são maiores e elas acabam optando por manter o modelo tradicional de trabalho presencial.

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