‘É enganoso dizer que a doença está sob controle’ diz Resende sobre o coronavírus em MS

O titular da SES (Secretaria de Estado de Saúde) negou nesta terça-feira (25) que a pandemia do novo coronavírus esteja controlada em Mato Grosso do Sul. A declaração ocorreu durante a live com informações do boletim epidemiológico da Covid-19. “É enganoso dizer que a doença está sob controle em MS. Ela está num patamar muito […]

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O titular da SES (Secretaria de Estado de Saúde) negou nesta terça-feira (25) que a pandemia do novo coronavírus esteja controlada em Mato Grosso do Sul. A declaração ocorreu durante a live com informações do boletim epidemiológico da Covid-19.

“É enganoso dizer que a doença está sob controle em MS. Ela está num patamar muito alto, faz com que a gente tenha número expressivo de pessoas internadas. Temos também alta taxa de letalidade”, comentou, durante a apresentação dos dados.

Resende também criticou “negacionistas”, termo utilizado para descrever pessoas que não acreditam nos dados científicos. Para o secretário, estas pessoas prestam desserviço à população em benefício próprio. “Aqui em Campo Grande tem muito [negacionista]. Negam o que está acontecendo e querem que tudo volte ao normal. Até arranjam pessoas para fazerem leituras totalmente distorcidas e que fazem a população entender que está tudo normal. Mas, não está”, pontuou.

Durante a live, Resende também destacou os números referentes a Campo Grande, principal epicentro da Covid-19. Somente nesta terça-feira, foram 673 novos casos na Capital, que já soma mais de 19 mil confirmações. Campo Grande também tem mais de 1.594 casos aguardando encerramento no município, o que pode fazer com que os números aumentem consideravelmente. O município também tem o maior número absoluto de óbitos, 305, quase a metade dos 767 registrados até o momento.

“Queremos mais uma vez chamar atenção, a doença está muito presente. Quem vivencia esses quadros no hospital está apavorado”, detalhou o secretário.

Resende também chamou atenção das vigilâncias em saúde dos municípios. Segundo ele, pacientes estão chegando aos hospitais já em estado crítico, o que indica falha no monitoramento dos pacientes em isolamento domiciliar.

“Estão chegando pessoas com graus clínicos muito críticos, as pessoas estão procurando muito tardiamente o atendimento hospitalar. Isso mostra que estamos tendo falhas nos monitoramentos e no rastreamento desses pacientes. Tem município que está falhando, e falhando grosseiramente nesse monitoramento”, pontuou.

Na última segunda-feira (24), morreu um rapaz de 24 anos, sem comorbidades, residente no município de Aparecida do Taboado. Conforme o boletim, a data do óbito foi a mesma da notificação.

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