Dia de combate ao fumo: MS deve fechar ano com mais 460 casos de câncer de pulmão

O Dia Nacional de Combate ao Fumo é lembrado neste sábado (29), com objetivo de sensibilizar a população aos danos causados pelo tabaco. Em Mato Grosso do Sul, a estimativa do INCA (Instituto Nacional de Câncer) é de que 2020 termine com 460 novos casos de câncer de pulmão. O número é alarmante, tendo em […]

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O Dia Nacional de Combate ao Fumo é lembrado neste sábado (29), com objetivo de sensibilizar a população aos danos causados pelo tabaco. Em Mato Grosso do Sul, a estimativa do INCA (Instituto Nacional de Câncer) é de que 2020 termine com 460 novos casos de câncer de pulmão.

O número é alarmante, tendo em vista que são 31,33 novos casos para cada 100 mil habitantes e que o paciente com câncer de pulmão tem uma das menores taxas de sobrevida ao diagnosticar a doença, cerca de 20%.

Segundo o diretor clínico do Hospital de Câncer Alfredo Abrão, em Campo Grande, João Paulo Vendas, “o tabagismo adoece o pulmão e o torna mais suscetível a infecções e tudo que ocorre depois disso torna a condição do paciente muito mais grave, o câncer é um deles, a mortalidade de câncer de pulmão chega a 80% dos pacientes”.

Em 2020, a data continua a trabalhar o tema Tabagismo e coronavírus (Covid-19). Isso porque o tabagismo — também considerado uma pandemia pela Organização Mundial da Saúde (OMS) — tem papel de destaque no agravamento da pandemia de Covid-19, já que é fator de risco para transmissão do vírus e para o desenvolvimento de formas mais graves de Covid-19.

Tabagismo e coronavírus

Fumantes parecem ser mais vulneráveis à infecção pelo novo coronavírus, pois o ato de fumar proporciona constante contato dos dedos (e possivelmente de cigarros contaminados) com os lábios, aumentando a possibilidade da transmissão do vírus para a boca.

Além disso, o tabaco causa diferentes tipos de inflamação e prejudica os mecanismos de defesa do organismo. Por isso, é possível dizer que o tabagismo é fator de risco para a Covid-19 e que é um agravante da doença: devido a um possível comprometimento da capacidade pulmonar, o fumante possui mais chances de desenvolver sintomas graves da doença.

Combate ao fumo

O Brasil é considerado pela OMS (Organização Mundial da Saúde) como referência mundial no controle do tabagismo. Isso porque além da proibição de publicidade, da inserção de advertências nos maços, do aumento de impostos e da proibição do fumo em ambientes fechados, uma política de sucesso adotada no Brasil foi o tratamento gratuito para o dependente de nicotina no Sistema Único de Saúde (SUS).

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