Coronavírus: fábricas trocam produção de itens para narguilé e troféus por máscaras
No lugar de troféus, molduras de acrílico e material para narguilés, duas empresas de campo grande concentraram sua produção em máscaras para profissionais de saúde. A medida, adotada em meio à pandemia do novo coronavírus (Covid-19), foi tomada após os irmãos que comandam os negócios perceberem a falta dos itens para aquisição na rede pública […]
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No lugar de troféus, molduras de acrílico e material para narguilés, duas empresas de campo grande concentraram sua produção em máscaras para profissionais de saúde. A medida, adotada em meio à pandemia do novo coronavírus (Covid-19), foi tomada após os irmãos que comandam os negócios perceberem a falta dos itens para aquisição na rede pública de saúde. Como resultado, a produção iniciada há cerca de uma semana teve a primeira leva já toda comercializada.
“Não se encontrava mais a máscara na cidade. Começamos a produzir para ajudar a empresa e os funcionários e, ainda, ajudar o sistema de saúde”, afirmou o empresário Haycson Silveira, proprietário de uma fábrica de produtos em acrílico na Avenida Hiroshima, no Carandá Bosque. A empresa, como outras, teve queda na movimentação em virtude da pandemia –da mesma forma que a fábrica de itens para narguilé no Jardim Montevidéu de seu irmão, Hayllon.
Diante da capacidade ociosa com o coronavírus –que forçou diversos estabelecimentos a suspenderem a produção a fim de evitar aglomerações ou por falta de demanda– e da necessidade criada na rede de saúde por alguns equipamentos, ambos decidirem unir esforços e as indústrias sob um objetivo. E, claro, seguindo as orientações das autoridades de saúde contra aglomerações.
“São dois locais. Um galpão com maquinário e uma loja física na Hiroshima. Agendamos com os clientes individualmente, um por horário e, no caso de atender a outras cidades, tratamos com a transportadora para entregar”, explicou Haycson. Na terça-feira, a produção somou 230 unidades de máscaras de acrílico, com expectativa de fabricação de até 600 unidades para suprir a procura.
A necessidade de se evitar as aglomerações, segundo o empresário, inclui também a linha de produção, que segue orientações dos decretos baixados pela Prefeitura de Campo Grande para evitar a disseminação do coronavírus entre os trabalhadores.
“Todos os funcionários usam máscaras, há álcool em gel por todas as empresas, assim como máscaras e luvas para eles. E, como as máscaras passam de uma mão para outra, também são higienizadas e colocadas em sacos plásticos”, explicou Haycson –cuja fábrica chegou a anunciar férias coletivas em meio à pandemia e, agora, atuam com equipes reduzidas. “Havíamos parado de atender totalmente e, agora, tentamos atuar de outro jeito”.
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