‘Combater fogo em cima da água’: Bombeiros revelam detalhes de rotina no Pantanal

O Corpo de Bombeiros divulgou nesta segunda-feira (28) imagens das ações de combate aos incêndios em regiões de Mato Grosso do Sul, durante os 60 dias que atuam contra chamas, principalmente em áreas de planície alagada com  vegetação seca e locais de difícil acesso. Segundo o Tenete-coronel Huesley Paulo da Silva, o trabalho das equipes […]

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O Corpo de Bombeiros divulgou nesta segunda-feira (28) imagens das ações de combate aos incêndios em regiões de Mato Grosso do Sul, durante os 60 dias que atuam contra chamas, principalmente em áreas de planície alagada com  vegetação seca e locais de difícil acesso.

Segundo o Tenete-coronel Huesley Paulo da Silva, o trabalho das equipes vai além do que são expostos pelos jornais, o dia a dia é marcado por complexidades de logística, como por exemplo, realocar equipes em áreas de planície umidade que está sob chamas.

“O maior desafio é ser colocado nos locais, na frente dos focos de fogo, por isso dependemos muito de acesso de aeronaves, barcos e informações via satélite. Quando se está em campo, nós pisamos numa área molhada, ou seja, o fogo está queimando em cima da água, e você vê o fogo progredindo em alta intensidade nesse terreno”, explica.

Ainda de acordo com o bombeiro, além do combate aos incêndios, os militares precisam lidar com a saudade de casa, cuidar do emocional e físico.

“Por vezes, eles saem para campo por volta das 7h achando que vai voltar à noite, mas por conta da controversa do combate e da logística, não voltam para base para descansar e precisam pernoitar nos locais. O que nos motiva é o que está na veia do bombeiro: é salvar o patrimônio, proteger o bem. A operação só vai terminar quando não tiver mais fogo”, ressaltou.

Confira o vídeo: 

Nova estratégia

Um helicóptero da ICMbio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade) e um trator alugado pelo Estado, irão ajudar no lançamento de água próximo a Serra do Amor, norte de Corumbá. Há mais de três dias, chamas se propagam na região.

A nova estratégia com a aeronave já foi utilizada com lançamento de água na linha de fogo que ameaça as unidades de conservação, incluindo as casas de famílias ribeirinhas e a escola. O objetivo é evitar que o fogo chegue na morraria do Amolar, com risco de avançar para mais duas unidades de preservação pantaneira.

Corumbá sem internet

Por conta do rompimento de um cabo de fibra ótica, causado por um foco de incêndio, Corumbá já está há mais de 5 horas sem conexão com a banda larga. Em nota, a Oi informou que equipes da companhia estão trabalhando no local para restabelecer os serviços no menor prazo possível.

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Marinete Pinheiro
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