Com turmas reduzidas, autoescolas acumulam agendamentos de exames teóricos

Após aproximadamente dois meses fechadas, as autoescolas foram liberadas para retomarem as aulas teóricas para quem deseja tirar a CNH (Carteira Nacional de Habilitação). As turmas foram reduzidas, assim como o número de horas e a fila para agendamento de exame no Detran-MS chega a 120 alunos. De acordo com William Rodrigues, 36 anos, dono […]

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Após aproximadamente dois meses fechadas, as autoescolas foram liberadas para retomarem as aulas teóricas para quem deseja tirar a CNH (Carteira Nacional de Habilitação). As turmas foram reduzidas, assim como o número de horas e a fila para agendamento de exame no Detran-MS chega a 120 alunos.

De acordo com William Rodrigues, 36 anos, dono de um centro de formação de condutores, o tempo de espera para marcar o exame chega a 10 dias e o processo que demorava 4 dias e meio para formação de 10 turmas, atualmente dura 2 semanas.

“Temos salas que cabiam até 35 alunos, hoje pode no máximo 10 e a gente ainda divide em duas salas. A menor fica com três alunos e a maior com sete. As aulas passaram de 5h para duração de 3h e o tempo de formação de cada turma aumentou para duas semanas”, relata.

Para frequentar as aulas o uso de máscara é obrigatório. Os alunos são colocados distantes um do outro e no local fica disponibilizado para uso o álcool em gel 70%.

Segundo ele o tempo antes da pandemia do coronavírus (covid-19) a fila de alunos para marcar exame teórico girava em torno de 40 e após a reabertura a espera é de 120 pessoas para fazer a prova.

“A fila no Detran está grande, conseguimos agendamento para daqui 10 dias. Precisamos também ampliar o horário do atendimento em 1h20 e antes eram duas turmas por turno e agora são 4. Fora que alunos de outros 6 centros de formação fazem aula aqui também”, destaca.

Medo de perder o processo

Com turmas reduzidas, autoescolas acumulam agendamentos de exames teóricos
Turmas reduzidas dificultam o andamento do processo. (Ranziel Oliveira | Midiamax)

Para o aluno Jean Claudio, 23 anos, a medida dificultou o processo dele que acabou atrasando. Ele, que ficou desempregado após a empresa sentir os prejuízos causados pela quarentena, pretendia tirar o documento para trabalhar de entregador e não ficar sem renda.

“Eu paguei a mais para ter a CNH de atividade remunerada, tenho uma filha de seis meses não posso ficar desempregado, mas a pandemia atrasou tudo. Antes em dois meses você concluía sem processo, agora nem sabemos quando vamos terminar”, diz.

Ele ainda relata que tem medo de mesmo com a prorrogação perder o processo todo. “Eu tenho medo de perder o processo. Paguei tudo adiantado, teria que pagar novamente”, desabafa.

Já para Érica Alves, 18 anos, o maior problema foi achar uma autoescola com turma disponível. “Eu queria fazer aula perto de casa, mas não achei vaga em nenhuma, acabei encontrando aqui no centro. Todas estão com limitação de espaço e ficam cheias sem agendamento”, afirma.

Vale lembrar que o prazo do processo para CNH aumentou de 12 para 18 meses durante a pandemia.

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