Com salto de casos e 100% de lotação, HRMS esgota UTIs para coronavírus em Campo Grande

Com o aumento no número de casos de coronavírus nas últimas semanas, a situação está crítica nos hospitais de Campo Grande. O município já pediu a contratação de 151 leitos clínicos e de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) para atender os pacientes com a doença. Nos hospitais da Capital, a situação já preocupa e a […]

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Com o aumento no número de casos de coronavírus nas últimas semanas, a situação está crítica nos hospitais de Campo Grande. O município já pediu a contratação de 151 leitos clínicos e de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) para atender os pacientes com a doença. Nos hospitais da Capital, a situação já preocupa e a lotação chega a 100%. Um exemplo é o  hospital de referência em tratamento do coronavírus em Mato Grosso do Sul, o Hospital Regional, que está com os leitos de UTI lotados.

Nesta semana, o titular da SES (Secretaria de Estado de Saúde), Geraldo Resende disse que praticamente não há mais leitos para pacientes em Campo Grande. “A taxa de ocupação do Regional, da Santa Casa, Unimed, Cassems chega a 100%, não há leitos de UTI nesses hospitais. Queremos fazer apelo que expandam suas redes de assistência hospitalar”, disse.

Dados dos boletins epidemiológicos dos hospitais apontam que a escassez de leitos é uma possibilidade caso o número de casos continue a aumentar. No HRMS (Hospital Regional de Mato Grosso do Sul), a capacidade de internação também é limitada. De acordo com dados do boletim epidemiológico do hospital divulgado na quinta-feira (26), a taxa de ocupação de leitos no Regional é de 92,2%, com apenas sete leitos disponíveis.

Porém, o secretário Geraldo Resende comentou na live desta sexta-feira (27) que o hospital não tem capacidade para internação. “Não existe vagas no Hospital Regional. Ele está fazendo só o trabalho de recepcionar os pacientes e encaminhar para os outros hospitais”, disse. 

Na Santa Casa de Campo Grande, a situação também é crítica. Segundo dados divulgados pela instituição, a taxa de lotação nas UTIs destinadas para pacientes de coronavírus é de 100%, ou seja, o hospital não consegue atender novos pacientes. Já na enfermaria de Covid-19, a taxa de lotação é de 80%.

No Hospital Unimed de Campo Grande, há 44 leitos destinados a pacientes com coronavírus. Destes, 43 já estão ocupados, ou seja, a taxa de ocupação é de 97,7%. No hospital da Unimed, há três alas de UTI Covid-19, todas estão lotadas.

Já na Cassems (Caixa de Assistência dos Servidores do Estado de Mato Grosso do Sul), a taxa de lotação para leitos destinados a pacientes com coronavirus é de 80%. Dos 25 leitos disponíveis, 20 estão ocupados. “A Cassems informa que possui 54 pacientes confirmados para Covid-19, no Hospital Cassems de Campo Grande. Desse total, 20 pacientes estão internados na UTI”, comunicou.

Campo Grande pede 151 leitos

O secretário Geraldo Resende comentou nesta sexta-feira (27) sobre a desativação de leitos, que ocorreu porque os casos de Covid-19 em MS estavam em queda. “Nós tínhamos, cerca de 50 dias atrás, 369 leitos de UTI. Com a desabilitação, temos hoje 185 leitos de UTI para Covid-19”, afirma.

Com o aumento de casos, Campo Grande pediu a contratação de 151 novos leitos clínicos e de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) ao Ministério da Saúde. Além disso, a Capital solicitou 50 mil testes de Covid-19 e um auxílio para a Santa Casa no valor de R$ 38 milhões. Os pedidos foram feitos pelo senador Nelsinho Trad (PSD) ao Ministério da Saúde em reunião nesta semana. 

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