Com reservas até 2021, hotéis turísticos não sofrem impacto com incêndios no Pantanal
Nem mesmo as queimadas que atingiram o Pantanal de Mato Grosso do Sul abalaram o setor turístico da região neste ano. Segundo empresários e associação de hotéis, o ‘grande inimigo’ do setor até o momento é mesmo o coronavírus. Lucas Andrade, o proprietário do Lontra Pantanal Hotel, de pescaria, e Pantanal Jungle Lodge, voltado ao […]
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Nem mesmo as queimadas que atingiram o Pantanal de Mato Grosso do Sul abalaram o setor turístico da região neste ano. Segundo empresários e associação de hotéis, o ‘grande inimigo’ do setor até o momento é mesmo o coronavírus.
Lucas Andrade, o proprietário do Lontra Pantanal Hotel, de pescaria, e Pantanal Jungle Lodge, voltado ao ecoturismo, localizados no Passo da Lontra e próximo à Estrada Parque, em Corumbá, castigada pelos incêndios, explicou que os focos não afetaram as reservas dos hotéis.
“Foi possível equilibrar as reservas com nossos turistas através de diálogo. Era inevitável que não pudesse ver a fumaça, bem como presenciar trechos afetados quando saíam dos hotéis para pescaria ou atividades de ecoturismo, mas todos foram compreensivos, pois tudo o que esteve ao alcance fizemos, inclusive abrigamos equipes da brigada de incêndio, Bombeiros, Força Nacional, e etc”, disse.
Os locais turísticos tiveram cerca de uma remarcação de data durante o período de incêndios na região pantaneira, mas não cancelamento ou pedido de devolução de valores por reserva.
“É bem capaz que houve desistência de turistas antes mesmo de fazer uma cotação, pois o movimento no ecoturismo foi bem abaixo do esperado. Na pesca fomos surpreendidos pelo bom movimento, até mesmo porque após a liberação de viagens, teríamos logo mais a piracema, então muitos pescadores aproveitaram a oportunidade para fazer, quem sabe, a primeira e última pesca de 2020 no Pantanal”, ressaltou.
A filha dos proprietários da Pantanal & Camping Santa Clara, também localizada na Estrada Parque, Katiane Balbuena conta que o fogo não se aproximou da pousada.
“Temos recebidos clientes do MS e fora do estado. Temos avistados muitos animais, ontem mesmo uma onça e hoje sucuri; temos visto veado, muitos jacarés, tatu, tamanduá, anta, capivara, ariranhas, muitas aves”, explica.
Visitas da natureza
A ‘visita’ de animais silvestres na pousada é algo normal, porém, durante o período, muito estavam fugindo das queimadas.
“Vi uma onça na beira do rio (Paraguai), no mês passado, no auge das queimadas. O Nildinho (anta), salvamos ele do fogo do ano passado, era bebê e ficou por aqui, vai e volta da mata quando lhe convém. Não fomos tão atingidos este ano, foi muito triste, mas muito menos que ano passado”, disse.
A presidente da associação de empreendimentos da região pantaneira, Lejania Ribeiro, ressalta que a grande reclamação dos associados no faturado desagastado se deu pela suspenção de visitas por decretos, tanto estaduais como internacionais. A maior parte dos empresários está se recuperando no segundo semestre de 2020.
“Reservas não se mantiveram por conta da pandemia. Nosso público é muito internacional e alguns destinos tiveram que fechar. O fogo, em si, não chegou a atrapalhar a operação das pousas”, finaliza.
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