Com pandemia, procura por delivery aumenta e pet shops buscam animais em casa

Com a crise causada pela pandemia de coronavírus, muitos negócios têm tido problemas para manter as portas abertas, mas os pet shops estão conseguindo driblar as dificuldades com o serviço de delivery. Como muita gente tem evitado sair de casa, a opção é disponibilizar o serviço de entrega de ração e acessórios para os animais. […]

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Com a crise causada pela pandemia de coronavírus, muitos negócios têm tido problemas para manter as portas abertas, mas os pet shops estão conseguindo driblar as dificuldades com o serviço de delivery. Como muita gente tem evitado sair de casa, a opção é disponibilizar o serviço de entrega de ração e acessórios para os animais. Também aumentou a procura pelo ‘táxi dog’, que busca o animal para banho e tosa. 

Com pandemia, procura por delivery aumenta e pet shops buscam animais em casa
Leandro afirma que ração e acessórios em geral são mais vendidos por delivery. (Foto: Ranziel Oliveira)

Proprietário de uma clínica veterinária no bairro Amambai, Leandro Menezes explica que o início da pandemia não foi nada fácil. Ele tinha uma clínica e um pet shop, mas o segundo teve que ser fechado porque todos os trabalhadores eram do grupo de risco. Mas ele busca novas oportunidades e explica que vai criar um ‘market place’. “Com a opção virtual, cliente não precisa vir aqui. As pessoas estão buscando mais isso por conta do coronavírus”, explica. 

Ele já explora o serviço de delivery, que tem sido cada vez mais procurado. “Não fazia delivery, foi criado por causa da pandemia. Ração e acessórios em geral são mais vendidos”. Leandro explica que os donos passam mais tempo em casa durante pandemia e passam a reparar mais nos animais. Assim, a demanda na clínica veterinária se manteve. Os donos agendam o horário de atendimento para evitar aglomeração no local. 

Com pandemia, procura por delivery aumenta e pet shops buscam animais em casa
Marjorie diz que procura por delivery aumentou 60% durante pandemia. (Foto: Ranziel Oliveira)

Marjorie Queiroz, de 25 anos, é gerente de um pet shop na avenida Nelly Martins e explica que a procura por delivery de produtos aumentou 60% durante pandemia. Os donos procuram principalmente ração, petiscos e itens de higiene, como produtos para desinfetar as patinhas após o passeio. “O cliente que não vem mais na loja física, está na loja online. Houve um visível aumento na interação nas redes sociais”, explica. 

Marjorie afirma que também aumentou a preocupação dos clientes, que sempre perguntam se o funcionário do delivery e do pet shop utiliza máscaras e toma medidas de prevenção ao coronavírus. “Quando precisa de banho e tosa, temos serviço de leva e traz, que vai buscar o animal na sua casa. Houve queda de 30% no cliente presencial, mas isso foi compensado com delivery”, pontua.

Com pandemia, procura por delivery aumenta e pet shops buscam animais em casa
Douglas oferece até câmera para dono acompanhar procedimento de banho e tosa em casa. (Foto: Ranziel Oliveira)

Em um pet shop localizado na Vila Carvalho, a procura pelo delivery aumentou cerca de 30%. Douglas de Oliveira, de 25 anos, é o proprietário e diz que a recomendação é de que o cliente fique em casa. Para isso, oferece o serviço para buscar o animal em casa. “Oferecemos até a câmera para ele acompanhar o procedimento de banho e tosa à distância. Quando insiste muito em vir, tutor deve vir com máscara e sozinho”, afirma. 

Com o serviço de ‘táxi dog’, ele conseguiu manter o número de banhos e tosas que já fazia por dia no estabelecimento. “Procura pelo táxi dog cresceu, dá mais conforto para o cliente. Com relação ao delivery, os mais procurados são ração e acessórios. Não é só entregar, mas fazer isso com segurança e com profissional equipado”.

Coronavírus nos animais? 

Com a pandemia, cresce a preocupação com a higiene dos animais. Leandro Menezes explica que há dois tipos de coronavírus, o de animais e de humanos. 

“O do animal é o alphacoronavírus e do humano é betacoronavírus. O homem não pega do animal e nem o animal pega do homem. O que acontece é que o animal pode se tornar um ‘objeto de transmissão’ se uma pessoa contaminada tossir e passar a mão nele. Funciona como um celular, se eu estiver contaminado, tossir e pegar no celular, o vírus vai ficar na superfície. A próxima pessoa que for pegar no celular, pode se contaminar”.

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