Com cúpula investigada pelo MPF, Governo diz que segue plano para conter coronavírus em aldeias

Após a cúpula do Governo do Estado ser suspeita de ter contribuído para o aumento no número de casos de coronavírus nas aldeias indígenas de Aquidauana, a 143 km de Campo Grande, a SES (Secretaria Estadual de Saúde) explicou que segue um plano para conter o avanço da doença. Conforme a secretaria, mesmo após a […]

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar

Após a cúpula do Governo do Estado ser suspeita de ter contribuído para o aumento no número de casos de coronavírus nas aldeias indígenas de Aquidauana, a 143 km de Campo Grande, a SES (Secretaria Estadual de Saúde) explicou que segue um plano para conter o avanço da doença.

Conforme a secretaria, mesmo após a aglomeração promovida em aldeia por membros do Governo do Estado, promove medidas de distanciamento social, ampliou as testagens aos indígenas e treinou equipes de vigilância epidemiológicas para realizar o monitoramento das aldeias.

“Entre as medidas estão a testagem em massa, onde toda síndrome gripal é testada, assim como todos os contatos sintomáticos e assintomáticos. Os casos confirmados considerado grupo de risco foram acomodados em um local de isolamento”, explicou SES em nota.

A secretaria disse que até os primeiros sete dias de sintomas é realizado o exame de biologia molecular com mais sete dias de sintomas é realizado o teste rápido nos moradores das aldeias.

O Estado reconhece que o surto de coronavírus tem sido mais incontrolável nas aldeias do Norte de MS, como em Miranda, Aquidauana e Sidrolândia. Essas regiões já estavam equipadas com o chamado ‘Vigilância Sentinela nas Aldeias Indígenas’, mas que setores tem um déficit de profissionais.

“[…] como da parte médica, como multiprofissional que atua nos polos de Saúde Indígena. Por isso o Estado tem entrado como outras medidas, auxiliando na logística, no transporte e fornecendo EPIs”, disse, finalizando que a secretaria tem se articulado com os municípios para ajudar as comunidades indígenas.

73% de mortos por coronavírus são indígenas

O número de moradores das aldeias indígenas de Aquidauana, que contraíram o coronavírus disparou e proporção de contaminados quase se iguala a população da zona urbana. A situação do coronavírus nas aldeias de Aquidauana preocupa autoridades de saúde do município.

A doença tem se espalhado cada vez mais nas comunidades indígenas e casos começaram a surgir com após um evento realizado dentro de uma aldeia, que causou aglomeração. Das 15 mortes registradas em Aquidauana, 11 são de indígenas, ou seja, 73% das vítimas.

Em relação ao número de contaminados, de acordo com último boletim epidemiológico, o município registrou 447 doentes pelo coronavírus, sendo 204 indígenas. Desta forma, do total de contaminados, 45% são de comunidades indígenas.

A Saúde do Estado informou que o Ministério da Saúde encaminhará cinco novos leitos de UTI para a cidade e a Sesai (Secretaria Especial de Saúde Indígena) contratou mais cinco médicos, três enfermeiros e sete técnicos de enfermagem.

 

Conteúdos relacionados