O Ministério Público de Mato Grosso do Sul, representantes de escolas, Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) e o prefeito (PSD) definiram, na tarde desta quinta-feira (3), que o retorno das aulas presenciais nas escolas particulares deve acontecer no dia 21 de setembro, em , apenas para o ensino infantil, que abrange crianças de 0 a 5 anos.

A decisão acordada na reunião na sede da Procuradoria Geral do Estado, é que a retomada aconteça caso a taxa de ocupação de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e clínicos, permaneçam baixas, ou seja, caso não haja aumento significativo de casos da doença na Capital.

Para evitar aglomeração, apenas 30% dos alunos de berçários de 0 a 5 anos devem voltar para salas de aula. Também ficou definido que pais e responsáveis terão livre decisão em mandar os filhos para a escola, sendo assim o retorno não será obrigatório e a presença deverá ser facultativa.

Outra reunião está marcada para o dia 8 de outubro para definir a possibilidade de retorno dos alunos do ensino fundamental e médio.

De acordo com o secretário da Sesau, José Mauro, as escolas serão fiscalizadas pela Vigilância Sanitária. O novo decreto deve ser publicado no Diogrande na próxima semana, com as determinações.

Volta em MS

Em outras cidades do Estado, a volta das aulas presenciais em instituições privadas também vem ocorrendo nas últimas semanas. Pelo menos sete cidades do interior já autorizaram a volta das aulas.

Conforme apurado pela reportagem do Jornal Midiamax, já frequentam a escola alunos da rede particular dos municípios de São Gabriel do Oeste, Chapadão do Sul, Maracaju, Ribas do Rio Pardo, Amambai, Bela Vista e Bataguassu.

A reportagem fez uma consulta a algumas dessas instituições e constatou que as condições impostas para o retorno são parecidas. Elas alegam que adotaram o plano de biossegurança e respeitam as regras das autoridades de saúde como distanciamento de 1,5 metro, uso frequente de álcool gel, aferição de temperatura dos alunos na entrada, não compartilhar materiais ou brinquedos, entre outras.

Apesar do retorno precoce, a maioria dos alunos permanece acompanhando as aulas normalmente em casa, por plataformas online. Vale ressaltar que a maioria das escolas que abriram as portas para os alunos voltou apenas com os menores, de 3 a 6 anos. A adesão por parte das crianças maiores ou adolescentes é menor.