#CG121: Centenários contam como é nascer e amadurecer junto com Campo Grande
No dia 26 de agosto, Campo Grande comemora 121 anos. Por ser uma cidade relativamente nova, muitos moradores chegaram a ver a Capital Morena nos seus primeiros anos de existência e acompanhar seu crescimento. Muitos deles são parte da história e formação da cidade. É o caso de Edyna Araújo de Almeida, de 89 anos, […]
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No dia 26 de agosto, Campo Grande comemora 121 anos. Por ser uma cidade relativamente nova, muitos moradores chegaram a ver a Capital Morena nos seus primeiros anos de existência e acompanhar seu crescimento. Muitos deles são parte da história e formação da cidade.
É o caso de Edyna Araújo de Almeida, de 89 anos, que tem uma história muito curiosa e que a maioria dos campo-grandenses não conhece. É que a mãe dela, dona Capetulina Almeida de Araújo, mais conhecida como Nhá-nhá, é a responsável pelo nome do bairro homônimo.
Isso mesmo! Nhá-nhá é o apelido de uma mulher!
A homenagem foi feita pelo genro da dona Capetulina, que era secretário de obras do município na gestão do prefeito Levy Dias.
O motivo dela ser conhecida por esse apelido, segundo Edyna, é que a mãe não gostava do nome. O Alzheimer não a deixa resgatar muitas lembranças sobre a mãe, mas ela recorda que Nhá-nhá era uma mulher “muito bonita e alegre”.
“A história que ouvi é que ela se separou em Corumbá e veio para Campo Grande. Nós moramos muito tempo na Avenida Calógeras. Ela tinha muitas amigas, que frequentavam nossa casa”, conta dona Edyna.
Apesar de relatar que a mãe era rígida e não a deixava sair sempre para passear, Edyna lembra que às vezes saía para dar uma volta com amigas. “Gostava de ir no Cine Alhambra. Depois a gente ficava andando na 14”.
Lembranças
Antigamente, a cidade tinha uma vida cultural e noturna bem diferente. O Cine Alhambra era o que tinha de mais moderno e interessante aos jovens da época.
Assim, o cinema também é lembrado pela Octacília de Oliveira Rosa, 86 anos, que é colega da dona Edyna no Hotel Feliz Idade.
“Passeava muito no Centro. Gostava de passear. No cinema Alhambra, lá na avenida Afonso Pena. Ia com minha irmã Madalena quase todo sábado. Tinha o Rialto também. Depois, tinha o passeio na rua 14, dia de domingo. As moças ficavam andando ali”, lembra Octacília, que confirma com uma discreta risada que paquerava no local. “Saía casamento lá, as moças conheciam os rapazes”, completa.
A história de dona Octacília teve como cenário a cidade de Campo Grande. Ela contou que nasceu em uma fazenda próximo a Ribas do Rio Pardo, “o nome era Fazenda dos Tocos”, lembra Octacília, relatando que, quando ainda era criança, veio com os irmãos morar em Campo Grande para estudar.
“Devia ter uns 13 anos, quando vim para a cidade [por volta de 1947]. Para mim foi uma surpresa, era uma espécie de uma vila. Tinha lâmpadas na rua. A gente não gostava não, a gente ficou para estudar”, conta.
Porém, uma vida inteira de histórias em Campo Grande não deixa dúvida sobre o amor pela cidade “Nunca pensei em morar em outro lugar”, argumenta.
Irmã de Octacília, dona Elvira Costa, uma indígena de 102 anos, entrou para a família quando tinha 8 anos. Ela foi adotada depois que os pais morreram. Por ter quase a mesma idade da mãe, ajudou na criação dos irmãos.
Apesar de não falar, a irmã diz que Elvira é uma pessoa maravilhosa e muito dedicada. As duas viveram e cresceram na cidade e desde que se encontraram, não mais se separaram.
As nossas três personagens viram a cidade crescer e se admiram com o tamanho da Capital. Entre elas, é unânime: Campo Grande é nosso lugar.
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