Após onda de desocupação de prédios, otimismo volta ao setor imobiliário de Campo Grande
O setor imobiliário esperava recuperar o cenário econômico com elevação na procura em imóveis no segundo semestre deste ano, mas tudo mudou com a pandemia de coronavírus. Em Campo Grande, estabelecimentos fecharam e muitos imóveis comerciais ficaram desocupados desde março, mas especialistas do setor garantem que cenário da economia nacional ainda mantém o otimismo no […]
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O setor imobiliário esperava recuperar o cenário econômico com elevação na procura em imóveis no segundo semestre deste ano, mas tudo mudou com a pandemia de coronavírus. Em Campo Grande, estabelecimentos fecharam e muitos imóveis comerciais ficaram desocupados desde março, mas especialistas do setor garantem que cenário da economia nacional ainda mantém o otimismo no mercado imobiliário da Capital.
Um dos fatores que tem sido considerado fundamental para esse cenário positivo é a baixa da taxa selic, um instrumento da política monetária nacional usada pelo país para controlar os juros. O Copom (Comitê de Política Monetária) baixou a Selic em 0,25 ponto percentual, ainda no início do mês de agosto, o que levou de 2,25% para 2% ao ano, a mais baixa porcentagem da história.
Segundo o presidente do Secovi-MS (Sindicato da Habitação de Mato Grosso do Sul), Marcos Augusto Netto, não houve registro de discordância em negociações entre empresas e locatários, como grande desistências em contratos. Ainda de acordo com ele, grandes lançamentos imobiliários não foram interrompidos na Capital.
“Tivemos lançamentos nesses últimos dois meses de grandes empreendimentos, isso mostra que o mercado está funcionando. Um levantamento informal mostra que as negociações estão intensas desde fevereiro. Estamos fazendo acordos, e até pagamento fracionado, mas não há reclamação”, disse.
O isolamento social limita a perspectiva de locação de famílias e novos empresários no setor comercial, porém, segundo Netto, a queda na taxa de juros tem objetivo de manter investidores, principalmente no retorno do aluguel e valorização de imóveis.
“Nunca tivemos uma taxa tão baixa nos últimos 50 anos. Nessa parte do aluguel, durante o mês de março, o locatário preferiu dialogar e se ajeitar, fazendo acordos diretamente com o locador. Quando não podiam pagar, fracionam para pagar em 50%. O setor das vendas precisou de adaptar ao novo cenário e se reinventar para não quebrar”, finaliza.
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