Diagnosticado com meningite, detento volta para presídio e mãe não sabe o que fazer
Preso desde 2015, Alexandre Gimenes da Costa Serafim Mariano, foi liberado em dezembro de 2019 para tratamento médico. Ele, que estava no Instituto Penal de Campo Grande teria contraído meningite agressiva crônica acabou ficando em uma cadeira de rodas, mas foi conduzido de volta para o presídio na manhã de terça-feira (30). Segundo a mãe […]
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Preso desde 2015, Alexandre Gimenes da Costa Serafim Mariano, foi liberado em dezembro de 2019 para tratamento médico. Ele, que estava no Instituto Penal de Campo Grande teria contraído meningite agressiva crônica acabou ficando em uma cadeira de rodas, mas foi conduzido de volta para o presídio na manhã de terça-feira (30).
Segundo a mãe de Alexandre, Grace Oliveira, o filho foi para casa sem andar, usando fraldas. “Ele veio para casa para tratamento médico, meu filho usa fraldas, não anda, não fala. Eu implorei para tirar meu filho porque ele estava muito doente, conseguimos a liberação e ele estava em tratamento médico”, explicou.
Alexandre estava de tornozeleira eletrônica, mas segundo a mãe o equipamento passou por alguns problemas com o carregador e ela acabou precisando trocar. “Isso gerou faltas para o meu filho, foram problemas nos equipamentos”, afirma.
Ainda de acordo com Grace, o rapaz está fazendo tratamento médico, mas na segunda-feira (29) foram surpreendidos com a recondução de Alexandre ao presídio.
“A polícia veio na casa da minha mãe e levou meu filho. Disseram que ele estava com 91 faltas e era para voltar para o presídio. Meu filho está numa cadeira de rodas, ele não tem imunidade para ficar naquele local, ele usa fralda. Quem vai trocar a fralda dele? Ele toma remédios fortes. ”, contou.
Alexandre teria sido levado para a Depac (Delegacia de Pronto Atendimento) Cepol, na saída para Três Lagoas, e nesta manhã foi conduzido para o IMOL (Instituto de Medicina Odonto Legal) para exame de corpo delito e em seguida seria encaminhado para o Instituto Penal, conforme Grace.
“Eu estou muito abalada. Meu filho está usando tornozeleira, estão alegando que ele tem 91 faltas, que tinha mandado. Toda vez que ele saia para ir para o hospital, eu tenho os papéis, tornozeleira dava problema eu ia lá resolver, me diziam que não precisava levar ele, trocaram o equipamento duas vezes, ele estava sendo monitorado sim. Não sei o que aconteceu”, desabafa.
Agepen
Ao Jornal Midiamax, a Agepen explicou que a decisão do retorno ao regime fechado é da Justiça quando há descumprimento das regras do Monitoramento Virtual, no caso a tornozeleira eletrônica.
Conforme o mandado de prisão, o detento foi levado de volta ao Instituto Penal após constatação registro das faltas, no caso violações da área de inclusão, permanecendo fora do domicilio por longos períodos sem apresentação de justificativa.
Com isso, a família pode agora procurar a Defensoria e apresentar as justificativas das ausências e cabe ao juiz decidir se ele permanece no regime fechado ou volta para o monitoramento virtual.
A Agepen ainda ressalta que faz apenas o controle da monitoração e envia o relatório ao juiz.
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