Você limpa? Com temporais, calhas sem manutenção causam alagamentos e até desabamentos
Quando a decoradora Maria Alice Freitas, de 29 anos, chegou em casa na última quarta-feira (13), no bairro São Francisco, deparou-se com uma cena desesperadora: a sala de sua casa estava inundada. Segundo Alice, imediatamente ela voltou à frente da residência e não viu indícios de que a água tenha entrado pela rua. Foi só […]
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Quando a decoradora Maria Alice Freitas, de 29 anos, chegou em casa na última quarta-feira (13), no bairro São Francisco, deparou-se com uma cena desesperadora: a sala de sua casa estava inundada.
Segundo Alice, imediatamente ela voltou à frente da residência e não viu indícios de que a água tenha entrado pela rua. Foi só então que ela entendeu que o alagamento que destruiu alguns de seus móveis foi consequência de uma grave infiltração.
“Além de uma telha quebrada, tinha muita folha dentro das calhas. Por isso a água não correu e entrou pela laje. Perdi alguns móveis de madeira, vou ter que trocar os pezinhos do sofá”, conta.
Alice foi mais uma vítima da falta de manutenção preventiva, que costuma pegar moradores desavisados que não fazem a devida manutenção do telhado e da calha, por exemplo, principalmente no perído que antecede as grandes chuvas.
Como a temporada de tempestades, de acordo com o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) deve estender-se até o fim de março, a dica para evitar os prejuízos financeiros e o desgosto que é chegar em casa e se deparar com uma piscina é fazer revisões periódicas na edificação, sobretudo em calhas, telhas e ralos externos.
Com que frequência?
De acordo com o professor do curso de Engenharia Civil da Uniderp, Lucas dos Reis Furtado, a frequência dessa manutenção vai depender bastante da qualidade de execução da obra. Ou seja, uma obra mal feita ou que desconsidere alguns fatores pode requerer uma manutenção bem mais frequente.
“O ideal é que em cada construção o morador receba um “Manual do Proprietário”, conforme determina a legislação. Nesse manual, o morador é orientado sobre quais as manutenções periódicas deverá fazer e quando. Porém, sabemos que isso é raro. É por isso que cada um precisa conhecer o próprio imóvel”, considera o engenheiro.
Segundo ele, a “reação” da estrutura a alguns fenômenos – como vento e chuva – vão indicar bastante sobre a saúde do imóvel. “Se aparece mofo, estufamento de parede, goteiras, mesmo após chuvas mais fracas, isso já é um sinal vermelho para chamar a manutenção e ver o que está ocorrendo”, afirma.
De olho na calha
Mesmo que não estejam presentes em todo tipo de edificação, as calhas são protagonistas quando o assunto é escoamento. Porém, elas também são as mais negligenciadas. Isso porque elas requerem um dimensionamento bastante específico que, se for mal planejado, poderá causar problemas.
“O tipo e o tamanho da calha vão depender especificamente do formato do telhado. A inclinação, por exemplo, vai indicar a velocidade que a água da chuva pode correr. Tem casos que se a calha for curta demais, a água pode transbordar e infiltrar para a laje. Contratar um profissional capacitado pode contornar esse problema”, diz Lucas.
Neste sentido, a inspeção periódica da cobertura também evita grandes danos, como os alagamentos, rachaduras, infiltrações, corrosões e até queda do forro. Normalmente, a verificação pode ser feita pelo próprio morador. Jogar o jato da mangueira sobre o telhado já dá uma pista de como está o escoamento e se já algum entupimento. Mão de obra especializada também pode fazer um diagnóstico mais preciso.
A arquiteta e urbanista Patrícia Grison Fortti já viu de perto dramas familiares de clientes que tiveram problemas causados por infiltrações graves – a maioria dos casos estava relacionado às calhas.
“Já vi perda de mobiliária à queda do forro. O que sempre oriento é para a manutenção preventiva desses sistemas. Se há árvores por perto, se há muito vento na região, a limpeza deve ser mais frequente. Mas, em geral, sugiro que a calha seja limpa pelo menos duas vezes ao ano”, orienta a arquiteta.
Risco de doenças
Patrícia também alerta que, além dos prejuízos materiais decorrentes dos problemas de escoamento, outro ponto sempre acaba negligenciado em períodos chuvosos: os criadouros de insetos. Segundo a arquiteta, os projetos mal executados podem acabar ocasionando locais para proliferação de mosquitos, inclusive da dengue.
“Uma calha ou sistema de ralo mal feitos podem ocasionar um ponto de acúmulo de água, que é um prato cheio para a proliferação de mosquitos. Há casas que estão sob uma infestação de pernilongos e não conseguem localizar onde está o foco”, detalha.
“Algumas vezes está na laje, outras na calha e até no esgoto. Não tem como fugir. Manutenção desses sistemas precisa ser constante”, conclui a arquiteta.
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