VÍDEO: Demitidos da Rede São Bento protestam por direitos trabalhistas

Ex-funcionários da rede de farmácias São Bento estão reunidos em frente à uma das unidades na manhã desta sexta-feira (19) em protesto. Segundo os trabalhadores, foram cerca de 40 pessoas demitidas, que não receberam o pagamento de rescisões de contrato e do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço). Em recuperação judicial desde 2015, […]

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Ex-funcionários protestaram em frente a uma das unidades da rede. (Foto: Reprodução)
Ex-funcionários protestaram em frente a uma das unidades da rede. (Foto: Reprodução)

Ex-funcionários da rede de farmácias São Bento estão reunidos em frente à uma das unidades na manhã desta sexta-feira (19) em protesto. Segundo os trabalhadores, foram cerca de 40 pessoas demitidas, que não receberam o pagamento de rescisões de contrato e do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço). Em recuperação judicial desde 2015, a rede aguarda a venda de um imóvel para quitar as dívidas.

O protesto reuniu menos de 10 pessoas na rua 25 de Dezembro e os ex-funcionários afirmam que os outros não puderam comparecer porque já estão trabalhando em outro local. Segundo eles, o valor da rescisão de contrato foi dividido e muitos deles receberam apenas a primeira parcela.

“Pagaram apenas a primeira parcela da rescisão, não pagam mais. Dizem que estão em recuperação judicial, mas estão com lojas abertas. Nos organizamos em um grupo via WhatsApp e faremos outro protesto”, disse um dos ex-trabalhadores.

O advogado da rede de farmácias, Elton Nasser, conversou com o Jornal Midiamax sobre as dificuldades enfrentadas pela empresa. Segundo ele, a concorrência trouxe dificuldades para a empresa, que ingressou com recuperação judicial há quatro anos. Para regularizar a situação com os direitos trabalhistas dos ex-funcionários, a empresa pediu autorização para a venda de um dos imóveis da rede, localizado na rua 14 de Julho, em Campo Grande.

“A empresa está tentando a obtenção de recursos, porém em vista das dificuldades, até o presente momento, isto não foi possível. Entretanto, a própria direção da empresa entende que a situação difícil não pode impedir o diálogo com funcionários e ex-funcionários”, diz.

Segundo o advogado, a empresa tem patrimônio e assim que tiver a possibilidade, fará os pagamentos. “É importante registrar que a empresa tem uma preocupação sempre manifestada no sentido de saldar os parcelamentos e está fazendo esforços para isto”, ressalta o advogado.

Ação coletiva

Segundo o advogado dos ex-funcionários, Bruno Luiz de Souza Nabarrete, a empresa não poderia nem ter parcelado as verbas rescisórias, mas diante da situação os funcionários teriam aceitado o acordo. “As verbas rescisórias devem ser pagas 10 dias após a demissão, mas os funcionários aceitaram o acordo, e agora a empresa não está cumprindo”, disse ao Jornal Midiamax. Segundo ele, o grupo está juntando documentos para protocolar uma ação trabalhista.

Recuperação judicial

Em janeiro de 2015, a Rede São Bento entrou com pedido de recuperação judicial por conta de uma dívida de R$ 73 milhões. Na época, a rede tinha 1,2 mil funcionários em 80 lojas. A recuperação judicial é uma medida para evitar a falência quando a empresa perde a capacidade de pagar suas dívidas, usado como forma de reorganizar novas formas de pagamento.