UPAs e CRSs registraram mais atendimentos em 2018 do que o número de habitantes da Capital
As seis UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) e os quatro CRS (Centros Regionais de Saúde) de Campo Grande registraram mais de 1 milhão de atendimentos em menos de um ano. O fluxo no atendimento das unidades de urgência no ano passado foi maior do que toda a população da cidade, estimada em 885 mil, segundo […]
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As seis UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) e os quatro CRS (Centros Regionais de Saúde) de Campo Grande registraram mais de 1 milhão de atendimentos em menos de um ano. O fluxo no atendimento das unidades de urgência no ano passado foi maior do que toda a população da cidade, estimada em 885 mil, segundo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
O levantamento foi feito pela Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) entre janeiro e novembro de 2018. Se o número já surpreende levando em conta apenas os atendimentos médicos, o valor salta para mais de 3 milhões de atendimentos quando consideradas as assistências social, de enfermagem e outros procedimentos.
Os dados da Sesau ainda revelam que o atendimento de adultos representa 70% do volume, enquanto o atendimento às crianças é de 30% do total. Outro dado estatístico que chama a atenção é o número expressivo de pacientes atendidos nas unidades de urgência classificados como azul e verde, ou seja, de menor gravidade que, em tese, poderiam ter o caso resolvido na Atenção Básica.
Segundo o coordenador de urgência da Sesau, Yama Albuquerque Higa, esse volume representa mais 60% dos pacientes atendidos nas dez portas de urgência e emergência. “Esse é o reflexo da cultura da urgencialização. O paciente tem por hábito procurar diretamente uma UPA e ou CRS, porque ele espera que lá seja atendido, tenha o problema resolvido e seja liberado. Porém, o uso correto dos aparelhos de saúde é extremamente importante. Assim ele evita de chegar a uma unidade de urgência e ficar horas e horas para ser atendido, o que, consequentemente, gera desconforto e reclamação”, pondera.
A importância da classificação de risco
A classificação de risco é uma ferramenta utilizada nos serviços de urgência e emergência para avaliar e identificar os pacientes que necessitam de atendimento prioritário, de acordo com a gravidade clínica, potencial de risco, agravos à saúde ou grau de sofrimento. O coordenador explica que a ferramenta é importante para definir a prioridade do atendimento e dar uma melhor assistência ao paciente que naquele momento está mais necessitado.
“O que vai definir o tempo que esse paciente vai aguardar será a classificação de risco, que é dividida entre as cores vermelho, amarelo, verde e azul, que em ordem decrescente simboliza a gravidade do caso. A maioria dos pacientes não entendem esse fluxo o que consequentemente gera reclamação”, diz.
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