Turistas isolados em Bodoquena após queda de ponte começam a deixar região
Depois da queda de uma ponte que dava acesso a uma região turística de Bodoquena, a 260 km de Campo Grande, os turistas começam a deixar o local. Isolados no local, alguns turistas tiveram que ‘estender’ a viagem por alguns dias e a saída só foi possível com a ajuda de um guincho. A campo-grandense […]
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Depois da queda de uma ponte que dava acesso a uma região turística de Bodoquena, a 260 km de Campo Grande, os turistas começam a deixar o local. Isolados no local, alguns turistas tiveram que ‘estender’ a viagem por alguns dias e a saída só foi possível com a ajuda de um guincho.
A campo-grandense Fernanda Kaneshige, de 25 anos, passou por momentos de tensão com a família, sem saber quando poderia voltar para casa. A viagem, que seria encerrada no sábado (29), foi estendida até o final da tarde da terça-feira (2). A travessia pelo Rio Salobra só foi possível com a ajuda de um guincho, pago pelo próprio proprietário do atrativo turístico.
Fernanda explica que com as chuvas, o nível do rio subiu e não era possível fazer a travessia pelo trecho de aterro feito pela Prefeitura de Bodoquena. A única saída era de barco, mas a família não sabia como voltar para casa, já que o carro alugado não conseguiria atravessar o trecho de água. “O desvio de cascalho ficou complemente coberto, a ponto de nem os tratores conseguirem ajudar, nem as caminhonetes. As pessoas que estivessem dispostas a deixar o carro e os pertences conseguiram sair de barco, mas tem bastante gente com carro alugado”, explica.
A campo-grandense respira aliviada ao conseguir voltar para casa e agradece a hospitalidade e generosidade do local onde se hospedou, o Refúgio Canaã. “Quem pagou pelo guincho foi o dono do refúgio, ele em momento nenhum nos deixou na mão. Para você ter ideia, nós estávamos alugando os quartos por R$ 280 a noite, a partir do momento que não estava mais dando para voltar atrás, o gerente não cobrou mais os quartos”, agradece.
Proprietária do Recanto 3 LLL’s, Lika Santos, de 43 anos, explica que a situação de isolamento dos turistas com a queda da ponte prejudica outros estabelecimentos, mesmo aqueles que não estão isolados. “Há pessoas que ficam hospedadas no nosso estabelecimento, mas fazem passeio naquela região, como no Refúgio. Eu mesma tive hóspede que ficou preso lá, não tinha como passar para cá”, diz.
O Refúgio Canaã, um dos estabelecimentos mais afetados pela queda da ponte, afirma que faz a travessia da última turma de turistas na manhã desta quarta-feira (2).
A queda da ponte
A ponte que caiu sobre o Rio Salobra, localizada em uma estrada vicinal da MS-138, era o único acesso a uma região turística da cidade e ao Assentamento Canaã. A Prefeitura de Bodoquena até fez um desvio, mas a cheia do rio Salobra prejudicou a travessia.
A Secretária de Turismo, Cultura, Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico, Lejânia Ribeiro Malheiros, afirmou ao Jornal Midiamax na segunda-feira (31) que ainda não há previsão sobre quando a ponte será reconstruída. Segundo Lejânia, a ponte já havia sito licitada para a construção. “Foi licitada com o Governo do Estado, isso está pronto, é só iniciar a obra. Entretanto, a construção de uma ponte leva 60 dias, no mínimo”, conclui. A secretária acredita que a queda da ponte não deve prejudicar o turismo do município, já que de 15 passeios turísticos, apenas dois ficam na região do Canaã.
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