Os moradores da Rua Carlota de Almeida de Lemos e da Rua Angela Abdulahad, no Jardim Paradiso, se assustaram na terça-feira (26) após o asfalto ser levado pela enxurrada. Os cidadãos, que pagam IPTU e taxas, questionam os serviços. Em alguns pontos, as obras têm menos de 5 anos e já foram destruídas pela água. Mesmo assim, a Prefeitura Municipal de garante que o problema não é a qualidade.

Ao Jornal Midiamax, a assessoria de imprensa da prefeitura disse que o asfalto foi feito por empresa, mas não revelou qual seria a empreiteira. Além disso, contou que o asfalto foi levado devido ao impacto da enxurrada que desce os bairros vizinhos, sem drenagem e nem pavimentação. Não detalhou quem aprovou, então, a obra fadada ao fracasso e destruição.

“A enxurrada desce com força, trazendo sedimentos e pedras, que obstruem as bocas de lobo, aumenta a quantidade de água na superfície, danificando a base e destruindo a capa asfáltica”, diz trecho de nota. Por fim, disse que o asfalto será refeito assim que o período de chuvas passe, especialmente no período de estiagem, quando solo não estiver mais úmido.

Asfalto afundando

No Monte Castelo, morador do Jornal Midiamax encaminhou fotos de como está a situação da Rua São Leopoldo. Após a chuva desta terça-feira, o asfalto começou a afundar a criar crateras na via.

A preocupação dos moradores é porque nas localidades há uma autoescola e a Escola Municipal Etalívio Pereira Martins.

“Se eu não me engano, o córrego que passa aqui em baixo dessa rua também passa em baixo da escola. A situação está caótica. Estou tentando falar com a Defesa Civil para ver se interdita aqui e coloca uns cones”, disse morador.

A reportagem entrou em contato com a Prefeitura Municipal e foi informada que a rua foi verificada pela equipe da Sisep (Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos). “No local houve o solapamento da drenagem que leva ao afundamento da capa asfáltica. O reparo neste local está na programação de serviços”, disse em nota.

Lama Asfáltica virou caso da Polícia Federal

Há alguns anos, Mato Grosso do Sul assiste a uma investigação liderada pela Polícia Federal que encontrou indícios de um esquema para desvio de dinheiro público justamente na contratação de empreiteiras que, segundo as denúncias, superfaturavam as obras e distribuiam os lucros entre políticos, servidores públicos e empresários.

Em Campo Grande, os contratos de manutenção das vias públicas, chamados de ‘tapa buracos’, também já se tornaram alvo de suspeitas. O caso segue em andamento, assumido pelo Ministério Público Estadual de MS após o compartilhamento de provas da Polícia Federal.