Diferença no preço do quilo de filé mignon chega a R$ 49 em Dourados

Para comer  filé mignon os douradenses terão que gastar muita sola de sapato. É o que aponta uma pesquisa realizada pelo Procon que encontrou uma variação de 140,66% entre o menor preço (R$ 34,90)   e o maior (83,99) em 18 estabelecimentos da cidade.Com isso,  o produto pode ficar ainda mais longe da mesa dos consumidores. […]

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(Foto: Marcos Morandi)
(Foto: Marcos Morandi)

Para comer  filé mignon os douradenses terão que gastar muita sola de sapato. É o que aponta uma pesquisa realizada pelo Procon que encontrou uma variação de 140,66% entre o menor preço (R$ 34,90)   e o maior (83,99) em 18 estabelecimentos da cidade.Com isso,  o produto pode ficar ainda mais longe da mesa dos consumidores.

As alterações não estão restritas somente à carne bovina. No caso do lombo suíno, por exemplo, a diferença verificada entre o menor e o maior preço foi de 143,96%. O mesmo acontece com o frango, uma vez que os fiscais encontraram variações de até 123,76% na coxa e sobre coxa e 85,84% no peito com osso.A menor variação de preços foi de 18,97% no pernil ovino, ofertado entre de R$ 36,90 até  R$ 43,90.

Com o preço da carne nas alturas, consumidores em Dourados estão fazendo malabarismos no orçamento e mudando hábitos considerados ‘sagrados’ , como os tradicionais churrascos de final de  semana com familiares e amigos. Para saber o jeito que  cada um está lidando com a situação, o Mídiamax percorreu alguns  supermercados e açougues na cidade.

Sem perder o humor e apesar de reconhecer que a carne se tornou um gênero de primeira necessidade na vida da sua família, a dona de casa Noêmia Souza Paz, está empenhada em modificar alguns costumes. “Do jeito que as coisas estão caminhando daqui um pouco não vai dar nem para comer frango. A opção que nos resta será somente o ovo. Mas isso não significa que vou virar vegetariana”.

Resistente, o motorista Israel Souza Silveira, que é filho de dona Noêmia, diz que ficar sem carne é uma missão quase impossível, mas que por enquanto terá que seguir os conselhos da mãe. “Por enquanto o churrasquinho de final de semana vai ficar apenas na minha vontade. Mas eu tenho esperança que esse momento logo passe”, lamenta Israel.

Assustado com as variações do preço da carne de um supermercado para outro, o instalador José Neuton Vargas, disse que a melhor opção continua sendo o açougue do bairro. Lá eu conheço o dono também a procedência da carne. Fica até mais fácil reclamar”, comenta.

Para o administrador de empresas Sérgio Alvarenga Moraes, o brasileiro,apesar de  sofrer com as adversidades, não abre mão de hábitos que alem de fazer mal para saúde, afeta diretamente o bolso. “Eu me enquadrava nessa categoria e achava que não conseguiria ficar sem carne. Me enganei comigo mesmo. Está difícil, mas já estou há uma semana sem ingerir carne vermelha”, comemora o administrador.

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