Posto coloca grades, mas algazarra migra para ruas no trevo Imbirussu

Som alto durante à noite, grande consumo de bebidas alcoólicas e muito sujeira pela manhã. O cenário recorrente no trevo Imbirussu já não é mais tão alarmante como outrora, mas o que continua ali ainda incomoda alguns moradores, comerciantes e trabalhadores das redondezas.

Parte da algazarra que acontecia no pátio de um posto de combustíveis – mesmo diante dos avisos proibindo a permanência com som automotivo no local – agora migrou para as ruas próximas, já que o estabelecimento decidiu fechar o pátio com grades.

“Antes era pior, mas ainda assim hoje incomoda. Todas as sextas-feiras e sábados eles ficam aqui e só vão embora quando já quase está amanhecendo”, frisa a funcionária de uma das lojas próximas do ponto de encontro.

“A maioria são jovens, de aproximadamente 20 anos. Hoje até amanheceu limpo aqui em comparação a outros dias”, revela um morador, que assim como a funcionária, preferiu não se identificar. “Eles ficam no calçadão aqui da rua lateral ou do outro lado da avenida, nas ruas que terminam na Gunter Hans”, completa.

Loja abre mais tarde

No sentido Centro da avenida Gunter Huns, o dono de uma das lojas que abre sábado e domingo afirma que a situação o fez abrir mais tarde. “Abria às 7h, mas comecei abrir 8h, 8h30, por que eles ficam até amanhecer, sem contar a sujeira deixada e que tenho que limpar. Fico muito feio”, revela.

Ele ainda indaga o porquê não é realizada um trabalho mais incisivo no amanhecer, para combater o problema. “A polícia anda vindo de madrugada e dispersando, mas alguns continuam e saem cedo, alcoolizado. Eles não podem ser presos com o carro parado, mas se fizessem uma operação logo cedo, iria flagrar esse pessoal fazendo coisa errada”.

Vizinha discorda que barulho incomoda

Apesar das reclamações, há também quem não se importe com o barulho gerado no local. “A gente tem que ser mais tolerante com os jovens também. Todos já fomos jovens e sabemos que são poucas as opções de lazer aqui. Não me incomoda e não deveria incomodar ninguém. Devemos mesmo é deixar eles aproveitarem”, diz outra moradora, que também preferiu não revelar o nome.