Passa até 4 horas na fila da UPA? 80% dos pacientes poderiam agendar consulta, diz Secretaria

Diariamente, usuários do SUS (Sistema Único de Saúde) reclamam da demora nas unidades de pronto atendimento da Capital. Há relatos de pessoas que não aguentaram o tempo de espera e voltaram para a casa sem serem atendidas. De acordo com a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), esse tempo de espera poderia ser menor, caso o […]

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Diariamente, usuários do SUS (Sistema Único de Saúde) reclamam da demora nas unidades de pronto atendimento da Capital. Há relatos de pessoas que não aguentaram o tempo de espera e voltaram para a casa sem serem atendidas.

De acordo com a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), esse tempo de espera poderia ser menor, caso o paciente procurasse a unidade mais adequada para o tratamento. Um levantamento da coordenadoria de urgência do órgão aponta que quase 80% dos pacientes atendidos nas UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) e CRSs (Centros Regionais de Saúde) são classificados como azul ou verde, ou seja, de menor gravidade. Conforme a secretaria, em tese, esses pacientes deveriam ser atendidos na atenção primária, em UBSs (Unidades Básicas de Saúde) e UBSFs (Unidades Básicas de Saúde da Família).

Passa até 4 horas na fila da UPA? 80% dos pacientes poderiam agendar consulta, diz Secretaria
(Foto: Google Street View)

Conforme informou a assessoria de imprensa da Sesau, os atendimentos nas UPAs e CRSs são feitos de acordo com a classificação de risco. “Ao dar entrada na unidade o paciente é atendido na recepção e posteriormente encaminhado para a sala de triagem, onde um profissional de enfermagem fica responsável por fazer essa classificação. O profissional irá ouvir as queixas do paciente e deliberar o nível para entendimento, conforme o seu estado de saúde, classificando como azul e verde [casos de menor gravidade] e amarelo e vermelho [casos mais graves]. O atendimento é imediato quando o paciente é classificado como amarelo ou vermelho, já nos casos de menor gravidade o tempo de espera é de até 4 horas”.

Em decorrência dessa classificação de menor gravidade, pacientes que procuram as UPASs e CRSs, reclamam da demora no atendimento, já que, conforme a Sesau, a demanda cresce cada vez mais e a quantidade de profissionais é limitada. O núcleo de comunicação da Secretaria Municipal de Saúde ressalta que esse procedimento se faz necessário para garantir que o paciente que realmente necessita de atendimento imediato tenha assistência.

O que fazer para esperar menos?

A Sesau informa que, para garantir que os pacientes de menor gravidade não enfrentem longas esperas nas Unidades de Pronto Atendimento e Centros Regionais de Saúde, o município vem intensificando o atendimento na atenção primária, ‘nos postinhos’, aumentando a cobertura de estratégia de saúde da família.

Há em Campo Grande, atualmente, 68 unidades, sendo duas Clínicas da Família [Nova Lima e Portal Caiobá] e destas, 22 funcionam em horário estendido. “A ideia de aumentar o horário de funcionamento das unidades básicas foi uma das soluções encontradas para garantir o acesso aos pacientes que não conseguem ir até estes locais em horários comerciais”, informa.

As unidades que funcionam das 7h às 19h, são: UBSFs Moreninha, Nova Bahia, Vila Fernanda, Vila Nasser, Santa Carmélia, Jardim Botafogo, Iracy Coelho, Los Angeles, Serradinho, Tarumã, São Conrado, São Francisco, Estrela Dalva, Jardim Itamaracá, Ana Maria do Couto, Jardim Noroeste, UBS Guanandi, 26 de Agosto, Universitário, Estrela do Sul e as Clínicas da Família Nova Lima e Portal Caiobá.

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