Opiniões diferentes: fechamento de escola em residencial causa impasse entre moradores

O fechamento da Escola Estadual Otaviano Gonçalves da Silveira Júnior, anunciado pela secretária estadual de educação, Maria Cecília Amêndola, pegou alguns moradores do bairro Lar do Trabalhador, em Campo Grande, de surpresa.

O anúncio foi feito durante coletiva de imprensa na quinta-feira (3), quando a secretária informou, que o fechamento da escola foi um pedido da própria comunidade. Alguns pais, que não pediram o encerramento das atividades do colégio, devem realizar um protesto em frente à escola, nesta sexta-feira (4).

De acordo com uma moradora, o síndico do residencial fez uma reunião e, com uma ata, solicitou a devolução do prédio.

O advogado que representa o Residencial Flamingos informou que no dia 21 de dezembro aconteceu uma assembléia extraordinária, onde todos os moradores foram avisados e convocados. Conforme o advogado, existe uma ação judicial antiga solicitando o prédio, já que o estado não pagava aluguel e a estrutura do local acabava danificada.

“Antes dessa situação já existia uma ação judicial. O próprio condomínio, através dessa ação, já pedia a devolução do prédio porque é uma propriedade particular e o estado não pagava aluguel. Mais de cem pessoas participaram da assembléia e 90% foi favorável à devolução do prédio. Nada foi feito às escuras, o condomínio fez a reunião de forma imparcial para ouvir a opinião de todos.

A assessoria de imprensa da SED (Secretaria Estadual de Educação) informou que o prédio foi solicitado pelo Residencial Flamingos e que a secretaria decidiu adotar a solicitação. A escola será fechada no mês de janeiro.

“Os estudantes que estão matriculados lá serão designados para a escola mais próxima, que fica a 500 metros do condomínio. Os alunos que não quiserem permanecer na escola mais próxima, terão preferência na designação”, informou a assessoria.