Terminou nesta quinta-feira (28) o período de defeso para a proteção da Piracema nos rios em Mato Grosso do Sul. A PMA (Polícia Militar Ambiental) divulgou o balanço da operação e aponta que o pescado apreendido foi o menor em 21 anos. Para se ter uma ideia, na operação deste ano foram 319 kg apreendidos, contra 1.919 kg na operação anterior.
Na operação Piracema de 2018/2019, o número relativo à quantidade de pessoas autuadas foi 30,3% menor do que na operação passada. Foram 39 autuados este ano e 56 na operação anterior. Das 39 pessoas autuadas, 28 criminosos foram presos em flagrante nesta Operação, enquanto na anterior foram 48.
A PMA explica que mesmo com 39 pessoas autuadas, cada infrator tinha pouca quantidade de pescado. A quantidade de pescado apreendido é variável, com relação à quantidade de autuados, mas também com relação a quando pescadores conseguem capturar grande quantidade de pescado antes de serem presos. “Por exemplo: na Operação passada houve uma apreensão de 949 Kg de uma única vez, quando quatro pescadores foram presos em Corumbá, depois de levantamentos do setor de inteligência da PMA, em que pescavam em local escondido e muito distante no Pantanal, muito difícil de serem encontrados”, explica a Polícia.
De acordo com a PMA, desde que começou a monitorar os cardumes, há uma tendência à estabilidade nas operações, com cerca de 50 pessoas presas e menos de uma tonelada de pescado apreendido. “Não é muito, considerando o tamanho do Estado e a quantidade de rios piscosos. Números diferentes de quando não se adotava a estratégia, quando se apreendiam quase seis toneladas de pescado”, diz.
O valor das multas nesta Operação foi 77,2% inferior à anterior. Foram aplicadas multas que chegaram a R$ 41.320, enquanto as multas chegaram a R$ 181.200 durante a Piracema passada. Os valores são reflexos da quantidade menor de pescado apreendido, pois são computadas às multas, um valor de R$ 20,00 para cada Kg de pescado apreendido.
