Moradores do bairro Chácara das Mansões, na região sul de , bloqueiam na manhã desta segunda-feira (15) a Rua Niquelândia, um dos principais acessos à propriedades da região. Com isso, veículos, ônibus coletivo e transporte escolar estão parados na via, que não é pavimentada.

O motivo do protesto é o esquecimento: moradores afirmam que há 8 anos o local não recebe atenção devida da Prefeitura. Assim, transtornos como atoleiros são frequentes e moradores querem que a Prefeitura dê algum suporte.

Moradora da região há 20 anos, a comerciante Ilda de Oliveira, de 60 anos, explica que a Rua Niquelândia, assim como outras vias próximas, são estradas vicinais, utilizadas para escoamento de produção agropecuária.

“Mas de uns anos para cá tem mais propriedades, então o que a gente vê é que não recebe nenhuma manutenção. Os carros atolam, as crianças perdem aula. Nosso protesto hoje é a maneira que achamamos para chamar atenção e pedir que as autoridades consertem a rua”, declara.

O agricultor Nelson Benedito de Souza, de 63 anos, compartilha do mesmo olhar de Ilda. Segundo ele, que mora há 9 anos na região, a situação só piorou.

“Estamos numa área esquecida, ninguém sabe onde estamos ou que existimos. Mas estamos aqui e queremos reivindicar esse direito. A situação é muito tensa, porque a atividade agrícola aqui se intensificou e agora a gente tem caminhão transportando gado, soja, e a estrada não recebe manutenção. Tem dia que a gente socorre cinco ou seis carros atolados. Eu já gastei coisa de R$ 30 mil nessa estrada, mas eu não recolho imposto. A Prefeitura é quem recolhe”, destaca.

O bairro Chácara das Mansões é um dos mais distantes do centro de Campo Grande, fica a 27 km da Avenida Afonso Pena, com acesso pela BR-163. A reportagem procurou a Prefeitura de Campo Grande para saber se há previsão de destinação de equipes para a região. Em nota, a  (Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos) destacou que “a reclamação será encaminhada ao setor responsável da Sisep para ser incluída na programação de serviços”, mas não precisou nenhuma data.

* Matéria editada às 11h56 para acréscimo de informações