Moro prorroga permanência da Força Nacional em MS para reprimir conflito agrário e coibir tráfico

O Ministério da Justiça e Segurança Pública prorrogou o emprego da Força Nacional de Segurança Pública em Caarapó (cidade a 273 quilômetros no sudoeste do Estado), por mais 90 dias. Portaria que garante a medida foi publicada no Diário Oficial da União desta quarta-feira (9) e assinada pelo ministro Sérgio Moro. Conforme a publicação, o […]

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O Ministério da Justiça e Segurança Pública prorrogou o emprego da Força Nacional de Segurança Pública em Caarapó (cidade a 273 quilômetros no sudoeste do Estado), por mais 90 dias. Portaria que garante a medida foi publicada no Diário Oficial da União desta quarta-feira (9) e assinada pelo ministro Sérgio Moro.

Conforme a publicação, o contingente a ser disponibilizado obedecerá ao planejamento definido pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública. O prazo do apoio prestado pela Força Nacional de Segurança Pública poderá ser prorrogado, se necessário.

“Art. 1º Autorizar a prorrogação do emprego da Força Nacional de Segurança Pública em apoio aos órgãos de segurança pública no Estado de Mato Grosso do Sul, com a finalidade de prevenir e reprimir conflitos agrários por questões fundiárias em Caarapó/MS e coibir o tráfico de drogas, contrabando, armas e munições, entre outros na região da faixa de fronteira, em caráter episódico e planejado, por 90 (noventa) dias, a contar da data de vencimento da Portaria nº 88, de 13 de junho de 2018”, diz a publicação.

A portaria nº 88 foi publicada em 15 de junho e teve validade de 180 dias, ou seja, até 12 de dezembro de 2018. Com isso, a nova portaria será válida até meados de março deste ano.

Caarapó

Caarapó é uma das cidades de Mato Grosso do Sul que registra conflito por terras entre índios e produtores rurais. Em 2016, o agente de saúde e indígena da etnia guarani-kaiowá, Clodiodi Aquileu Rodrigues de Souza, foi assassinado durante uma retomada de terras ancestralmente ocupadas pelos indígenas.

Em agosto deste ano, as forças militares foram enviadas ao local ao local, após tensão entre indígenas e ruralistas. O episódio terminou com um idoso guarani-kaiowá, de 70 anos, preso e a indignação dos moradores das aldeias. 

Outro problema enfrentado na cidade é que a região é rota para tráfico de drogas.

Fronteira

Ontem, terça-feira (8), o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) revelou que vai se encontrar com o ministro chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM), para cobrar ações do Governo Federal para melhorar a segurança na Fronteira. O tucano espera da União o fortalecimento da presença policial na extensa faixa fronteiriça em território sul-mato-grossense.

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