O saneamento básico ainda não chegou para boa parte da população de Mato Grosso do Sul, mesmo com um investimento superior aos outros estados, apenas 47,1% das pessoas têm esgotos em suas residências. As informações são do último relatório do SNIS (Sistema Nacional de Informação sobre Saneamento), que faz parte do Ministério do Desenvolvimento Regional.

Só no ano de 2017, os municípios sul-mato-grossenses receberam mais de R$ 184 milhões em investimentos para os serviços de água e esgoto. Esse valor, se dividido por habitante, equivale ao valor de R$ 67,91, valor que chega a 29,2% a mais que o gasto médio nacional, de R$ 52,53 por pessoa.

De acordo com as informações da Agência do Rádio, apesar dos número, ocupa 26º colocação no ranking do Trata Brasil, que é indicador das cidades que melhor atende a população com o saneamento básico. Os dados mostram que o Estado, principalmente no interior, precisa avançar muito ainda nesses serviços, já que 85,7% da população tem acesso a água potável.

Essa situação será pauta no Congresso Nacional nesta terça-feira (7), na discussão sobre a atualização do marco legal do saneamento básico. A comissão especial irá analisar a Medida Provisória 868/2018, a MP do saneamento. O relator é o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) e o texto deve seguir para o Plenário da Câmara dos Deputados.

A MP do Saneamento foi publicada em dezembro de 2018 e precisa ser aprovado até o dia 3 de junho, após isso ela perda a validade. A proposta é que o saneamento seja tratado como concessão de serviços públicos, ou seja, cada município poderá fazer um leilão e escolher a melhor proposta.

No Mato Grosso do Sul, apenas Capital tem o serviço oferecido por uma concessionária terceirizada, no interior é regulado pela Sanesul (Empresa de Saneamento Básico de Mato Grosso do Sul), que é pública.