Mais uma vez, o leitor digital do ponto eletrônico de uma Unidade de Pronto Atendimento (Upa) de , foi alvo de . A Secretaria Municipal de Saúde () chegou a publicar uma nota de repúdio e registrou boletim de ocorrência.

“A Sesau registrou boletim de ocorrência para que sejam identificados os autores deste ato de vandalismo e punidos no rigor da lei. Se comprovado que se trata de servidores públicos, os mesmos podem ser exonerados conforme o Estatuto de Servidor Público”, informou em nota.

Desta vez, o ponto do Upa Coronel Antonino foi destruído. A Sesau informa que o ato coincide com uma Comunicação Interna enviada nesta terça-feira (8) à unidade, solicitando informações se todos os servidores (fixos e plantonistas) estão cadastrados para acesso ao registro eletrônico de frequência. “Caso contrário, os servidores não cadastrados deveriam ter suas digitais registradas no sistema para posterior controle no ponto eletrônico”, orientou a Sesau.

Na nota, a Secretaria de Saúde lamenta o ocorrido, dizendo que o ponto foi comprado com recurso público. “O cidadão espera que o recurso público seja bem empregado e o serviço oferecido seja muito bem executado, não cabendo atitudes de vandalismo como a registrada hoje, numa sociedade que anseia por mais moralidade”.

Após a liberação do equipamento pela Polícia Civil, o ponto eletrônico será encaminhado para reparo, que será custeado, mais uma vez, com dinheiro do contribuinte.

Casos frequentes

Já não é o primeiro caso de sabotagem nos pontos. O controle eletrônico de frequência é uma determinação judicial a pedido do Ministério Público Estadual, que solicitou que a Secretaria Municipal de Saúde realize o monitoramento dos servidores.

Os pontos passaram a funcionar em agosto do ano passado. Entretanto, após uma semana de funcionamento, já houve depredação. A Sesau já registrou mais de sete ocorrências em relação a atos de vandalismo nos leitores digitais.

Falta dos médicos

Só em 2018, 70 sindicâncias foram abertas em relação a falta dos médicos nas unidades de saúde de Campo Grande. As ausências constantes dos profissionais têm gerado lotação nos postos e inúmeras reclamações dos usuários.

Destas sindicâncias, 40 ainda estão em andamento. “As 30 restantes foram finalizadas, podendo haver suspensão e advertência publicadas em Diário Oficial ou por meio de Comunicação Interna, também arquivamento por falta de provas”, informou a Sesau. Dos processos abertos, um foi concluído com exoneração.

Atualmente há 1.006 médicos na Rede Municipal de Saúde, que inclui as unidades básicas, de pronto atendimento e demais locais.