Mais de 13 mil pacientes esperam atendimento neurológico, aponta MPMS
A Promotoria de Justiça da Saúde do Ministério Público instaurou inquérito para investigar a demora em atendimentos ambulatoriais e cirúrgicos de diversas especialidades do Hospital Regional, Santa Casa a do Câncer Alfredo Abraão de Campo Grande. Segundo a promotora Filomena Fluminhan, em coletiva nesta segunda-feira (27), a maior fila de espera é no setor neurológico, […]
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A Promotoria de Justiça da Saúde do Ministério Público instaurou inquérito para investigar a demora em atendimentos ambulatoriais e cirúrgicos de diversas especialidades do Hospital Regional, Santa Casa a do Câncer Alfredo Abraão de Campo Grande. Segundo a promotora Filomena Fluminhan, em coletiva nesta segunda-feira (27), a maior fila de espera é no setor neurológico, tanto exames como cirurgias.
Segundo Filomena, as filas se formas quando os pacientes esperam muito tempo para ter o serviço e, após análises de documentos cedidos pela Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), verificou-se que a espera está maior para neurocirurgias e exames da área. Estão registrados 9 mil pacientes aguardando para exames neurológicos e 4,8 mil pela neurocirurgia.
“A investigação começou no ano passado, com um inquérito, que acabou culminando na instauração de mais cinco, onde os investigados são a Santa Casa e o Hospital Regional”, explicou a promotora.
A Santa Casa de Campo Grande é investigada por não ter um ambulatório de cirurgias e exames neurológicos, mesmo sendo a única habilitada e que recebe financiamento do Ministério da Saúde para a especialidade. Já o Regional está na lista por ter cinco neurocirurgiões concursados, mas que não atuam nos ambulatórios.
Sobre cirurgias gerais, os dois hospitais também são apontados, com mais de 5,5 mil pessoas na fila, segundo dados de abril de 2018. Já casos de cirurgias cardíacas, nessas unidades há falta de medicamentos e estão com 2,4 mil pessoas aguardando por ecocardiografias e 5,4 mil por eletrocardiogramas.
Com relação ao tratamento de câncer, os pacientes têm acesso as consultas, mas os exames não estão sendo ofertados, entrando na lista de investigados o Hospital do Câncer Alfredo Abraão. “A promotoria está focada nas especialidades e a nossa estratégia é começar a investigação do ano passado”, concluiu Filomena.
Os três hospitais citados na investigação do Ministério Público do Estado têm o prazo de 20 dias para apresentarem um parecer ao MP sobre a situação. Já a Prefeitura, por ter dado total acesso aos dados, possui o prazo de 30 dias para um posicionamento.
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