Importante via douradense, a Avenida Presidente Vargas está liberada para o tráfego depois de seis meses em obras. Em abril deste ano foi aberta uma grande cratera e com risco de desmoronamento ficou fechada no trecho sobre o Córrego Laranja Doce causando transtornos aos usuários da via e prejuízo financeiro a comerciantes próximos.

Em visita a empresas próximo ao local de interdição, o Jornal Midiamax ouviu de funcionários e empresários que a arrecadação chegou a diminuir cerca de 50% no período em que a Presidente Vargas esteve fechada.

Os maiores prejudicados financeiramente, de acordo com o levantado, foram um posto de combustível e uma madeireira que funcionam no limite da interdição.

O fluxo para estudantes e pais de uma escola particular também foi prejudicada e a interdição da via causou transtornos para moradores em locais de desvio como no Jardim Europa e mediações.

A avenida Hayel Bom Facker passou a ter grandes congestionamentos principalmente nos períodos de pico. Alguns acidentes foram registrados no local, porém, sem mortes.

Nesta manhã de segunda-feira (30), a prefeitura de , enfim, liberou a passagem. O custo final foi de R$ 871 mil conquistado em convênio com o Governo do Estado. A Avenida Presidente Vargas faz à ligação a rodovia MS 156 que liga Dourados a Itaporã e Maracaju. Além disso, dá acesso a Reserva Indígena e a Perimetral norte.

O problema

A percepção da necessidade de obras aconteceu no dia 2 de abril com um buraco na pista. Segundo o engenheiro da Secretaria de Obras, Jorge Hamilton Torraca, na época foi verificado que a água já havia corroído uma grande parte subterrânea, não sendo possível determinar exatamente o espaço, mas que já teria atingido o canteiro central.

“Existe um risco real de desabamento e por isso é importante interditar o trecho, evitando que aconteça algum acidente mais grave, haja vista a possibilidade de abrir uma grande cratera”, avaliou na época.

No dia seguinte, Técnicos da Semop (Secretaria municipal de Obras Públicas) de Dourados optaram por interditar de forma total o trecho devido a gravidade do problema encontrado. Os quatro dutos de 80 centímetros de diâmetro que não suportaram a demanda.

“Aquela tubulação deve ter por volta de 50 anos e não pode ser associada com a recente implantação de novos loteamentos e condomínios na parte alta da cidade. Já pedimos para a providenciar o ‘bypass' [termo, em inglês que significa desviar] da rede para que seja possível rebaixar o nível de as máquinas possam entrar no buraco para trabalhar. Isso deverá demandar a interdição total do trecho nos próximos dias”, informou o engenheiro Jorge Hamilton Torraca.

Sem recurso para as obras, a prefeitura de Dourados pediu ajuda ao governo estadual e no dia 17 de maio a prefeita Délia Razuk assinou o convênio para o recurso. O valor de R$ 871 mil seria para implantar duas unidades de bueiro celular duplo com 2,5 metros de abertura e 52 metros de comprimento (extensão transversal da via).

Além da tubulação, também seria construído drenos às margens da avenida e toda a recuperação viária e do canteiro central.

As obras foram iniciadas somente em junho através de uma empreiteira vencedora da licitação. A previsão para conclusão era de 90 dias.

Em agosto, mais de 100 aduelas estavam sendo implantadas para a passagem de águas pluviais e no início de setembro estava em fase de aterro e compactação. Posteriormente seria executada a base de brita graduada e a capa asfáltica em concreto betuminoso usinado a quente.

Na semana passada, funcionários ainda trabalhavam na finalização das obras entregues nesta segunda-feira.