Itens retirados de placas do Mercosul eram de segurança e impediam clonagem, diz associação

Nota de esclarecimento divulgada pela Anepv (Associação Nacional dos Estampadores de Placas de Veículos) classificou como improcedente informação divulgada pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL) em transmissão feita em suas redes sociais na última quinta-feira (4) de que havia elementos gráficos patenteados nas placas do Mercosul que aumentavam os custos aos motoristas. Na transmi…

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Presidente usou live para informar que exclusão de elementos reduziu custos aos motoristas. Foto. Reprodução.
Presidente usou live para informar que exclusão de elementos reduziu custos aos motoristas. Foto. Reprodução.

Nota de esclarecimento divulgada pela Anepv (Associação Nacional dos Estampadores de Placas de Veículos) classificou como improcedente informação divulgada pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL) em transmissão feita em suas redes sociais na última quinta-feira (4) de que havia elementos gráficos patenteados nas placas do Mercosul que aumentavam os custos aos motoristas.

Na transmissão ao lado do presidente, o ministro de Infraestrutura Tarcísio Gomes informou terem sido eliminados das novas placas elementos gráficos patenteados, tornando-as mais baratas. A fala foi feita em referência à Resolução de n.º 780 de 26 de junho de 2019, que dispõe sobre o novo sistema de Placas de Identificação Veicular.

Ainda conforme o ministro, a nova impressão mantém todos os elementos de segurança. Já a Anepv informou que os itens foram retirados sem aprovação do GMC Mercosul (Grupo de Mercado Comum Mercosul) e eram usados para combater fraudes e falsificações que comprovadamente dificultariam a clonagem das placas. Segundo a entidade, mais de 3 veículos em todo o País já utilizam as placas do Mercosul e nunca houve pagamento de royaltie de espécie nenhuma aos fabricantes.

Confira a íntegra da nota divulgada:

Nota de Esclarecimento

A Associação Nacional dos Estampadores de Placas para Veículos (ANEPV), com escritório localizado na Unidade Prime – Setor Bancário Sul – Quadra:02 – Bloco e Edifício Prime 206 – Brasília – DF – Cep: 70070-120, por intermédio de seu representante legal o Sr. Ivânio Inácio, vem por meio desta representar toda classe de estampadores do país e esclarecer à sociedade sobre a improcedência da informação citada abaixo pelo nosso Digníssimo Presidente da República, Sr. Jair Bolsonaro, a quem respeitamos e direcionamos nossas orações em busca de sabedoria para termos um país melhor para nós e as futuras gerações.

“Acho que 10% já foram colocadas em placas do Brasil. Em alguns estados mais do que os outros. Bem, eles tinham elementos gráficos patenteados, ou seja, você pagava essa patente. Parece – não vou acusar ninguém – que foi tudo orquestrado por entidades, de modo que cada um ia ganhar uma graninha com essa placa que você ia ser obrigado a colocar no seu carro, em nome do Mercosul. Isso não tem cabimento”.

Atualmente, há 1.717 empresas estampadoras de placas credenciadas e aptas para trabalhar em seus estados nos termos das Resoluções vigentes para fornecimento da placa veicular no padrão Mercosul, sendo que mais de 3 milhões de veículos já portam a nova placa em todo o país, e nunca, em qualquer ocasião, houve cobrança ou pagamento de royalties de nenhuma espécie para empresas fabricantes de placas (nossos fornecedores), matérias-primas ou insumos.

Adicionalmente, queremos nos colocar à disposição do Ministério da Infraestrutura e sua competente equipe para sanar as dúvidas que possam ainda ter com relação às novas placas, já que em reuniões consultivas realizadas anteriormente esse ano alguns assuntos não foram totalmente esclarecidos, e essa talvez seja a oportunidade ideal de fazê-lo.

Cordialmente,
Brasília, 8 de julho 2019
Ivânio Inácio
Presidente da ANEPV

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