Após decisão do TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) considerar ilegal a greve dos administrativos da educação, a Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul) fez plenária com presidentes municipais que levarão a questão à categoria por meio de assembleias para formalizar o fim do movimento.

Presidente da entidade, Jaime Teixeira informou ter recebido 74 presidentes dos sindicatos municipais nesta sexta-feira (31). Eles haviam sido acionados para receberem informação de reunião ocorrida na noite de ontem na SAD (Secretaria de Administração e Desburocratização) e souberam da decisão do desembargador João Maria Lós no final da manhã.

“Fizemos balanço e nós vamos suspender o movimento de greve, mas a mobilização para cobrar esses pontos de reivindicação da categoria vai continuar”, informou Jaime. Segundo ele, no sábado (1º) e segunda-feira (3) serão feitas assembleias nos municípios para formalizar o final da greve.

De acordo com ele, mesmo cumprindo decisão judicial de somente um terço da categoria em greve, o Estado inteiro participou do movimento. Ele reclamou da decisão que considerou a paralisação ilegal por defender que a causa é justa: discussão sobre revisão salarial.

Também criticou o fato de decisão do TJ mencionar julgados sobre a atividade de professor como indispensável à sociedade, uma vez que a greve em MS era somente dos administrativos.

Comissão

Para a Fetems, a mobilização iniciada no dia 20 já sob liminar foi positiva. Além da adesão, ele aponta como conquistas obtidas desde então a prorrogação do abono de R$ 200,00 até 2020. Segundo o presidente da entidade, em reunião com representantes do Executivo na noite de quinta-feira (30) foi definido também que será montada comissão com diretores da Fetems para dar andamento nas reivindicações.

Entre as discussões, foi estabelecido prazo de quinze dias para o Governo discutir uma forma de manter as seis horas para quem é lotado nas escolas e 60 para que seja discutida a reestruturação da carreira dos administrativos.

“Quando nós entramos em greve nem manutenção do abono existia, agora já prorrogou até o ano que vem e há negociação com esses prazos de quinze e 60 dias”, comemorou Jaime. De acordo com ele, na próxima semana será agendada reunião para dar início aos trabalhos.