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A primeira edição do Festival de Cinema da Reme premiou, na tarde desta segunda-feira (25), dez curtas produzidos por 30 escolas da Rede Municipal de Ensino. Os trabalhos foram contemplados com o troféu Glauce Rocha, mesmo local onde a cerimônia de premiação aconteceu e que contou com a presença da secretária municipal de Educação, Elza Fernandes, com a presidente da Fundação de de , Mara Caseiro, além de superintendentes e técnicos da Reme.

Com temas que abordaram desde a depressão até o combate a dengue, passando ainda pela história da consulesa Margarida Macksoud Trad, os filmes formaram um retrato dos assuntos que permeiam o universo e o cotidiano infantil e adolescente, dando voz a uma geração de alunos que tem utilizado, cada vez mais, o vídeo como forma de expressão, especialmente com a popularização da internet.

Atenta a estas transformações, a Secretaria Municipal de Educação () tem buscado valorizar estas novas formas de linguagem, firmando parcerias para qualificar professores e criando eventos que incentivem o produto audiovisual.

“Esta gestão tem valorizado as diversas formas de aprendizado, valorizando os professore e talento dos alunos, levando-os a descobrir diferentes formas de aprendizagem. Tivemos um ano muito importante, com muitas conquistas. Todas as escolas se envolveram nas ações e ganhamos muitos prêmios, até fora do âmbito escolar”, pontuou a secretária municipal de Educação, Elza Fernandes.

A parceria com a Semed foi destacada pela presidente da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul Mara Caseiro. “Essa união foi muito importante para realizar esse festival e com certeza é uma ideia que vai se perdurar porque o celular é uma ferramenta essencial hoje em dia, por isso precisamos qualificar nossos alunos e professores para esta era digital, que também está produzindo efeitos na transformação da sociedade”, ressaltou.

Criatividade

A proposta do Festival foi incentivar e revelar a produção artística e criativa dos estudantes da Reme por meio da linguagem cinematográfica. Nesta primeira edição, a temática foi livre, assim como a classificação dos filmes. Cada submeteu até dois curtas-metragens, com duração máxima de cinco minutos. Os jurados avaliaram a originalidade, conteúdo, criatividade e as técnicas de imagem, som e edição utilizadas.

Para produzir os filmes, os professores da Reme receberam uma formação na área de cinema por meio da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul, parceira no evento com a Semed através do projeto de Educomunicação, que contempla cerca de 30 unidades.

chefe da Divisão de Tecnologia Educacional da Reme, Guilherme Ferrari, frisou que a criatividade é o requisito mais exigido nos dias atuais no mercado de trabalho. “Hoje é o que mais se pede no momento de conseguir um emprego. O futuro exige que as respostas para os problemas sejam construídas com criatividade entre professores e alunos e não somente os alunos que precisam buscá-las. E o evento de hoje é a exposição máxima da criatividade”, destacou.

E criatividade não faltou aos alunos da escola “Professor Licurgo de Oliveira Bastos”, que produziu o curta “Mulheres Extraordinárias”, que leva o mesmo nome do projeto desenvolvido por alunos do 8º e 9º ano e que teve como foco o protagonismo e o empoderamento feminino.

O curta destacou a história da ativista paquistanesa Malala Yousafzai e da adolescente alemã, de origem judaica, vítima do Holocausto, Anne Frank. “Adorei fazer o filme porque aprendi muito sobre essas duas mulheres incríveis o que me incentivou a ser mais forte”, ressaltou a aluna Maiara dos Santos Teixeira, que atuou como repórter .

Coordenado pelas professoras Andrea Werneck e Ângela Prado, o curta foi produzido em dois meses e surgiu após as professoras observarem a riqueza do material elaborado durante o projeto “Mulheres Extraordinárias”. Comemorando o troféu, a Andrea Werneck não escondia a emoção. “É indescritível minha alegria, é um trabalho que envolveu muita emoção”, pontuou.

Representando a escola “João de Paula Ribeiro”, a professora Sueli Mathias e o aluno Carlos Eduardo dos Santos Gonçalves receberam o troféu pelo curta “Cotidiano Interrompido”, que abordou o preconceito racial. “Quisemos mostrar que este é um problema ainda velado no país e receber este prêmio foi muito importante para destacar esta questão”, finalizou a professora.