Falta de kits prejudica cirurgias cardíacas no Hospital Regional
A falta de kits cirúrgicos prejudica a realização de cirurgias no HRMS (Hospital Regional de Mato Grosso do Sul). O problema persiste há semanas, apesar do lançamento do Plano Emergencial, para agilizar a compra de medicamentos e insumos para o hospital. A dona de casa Marli dos Santos, de 35 anos, teme pela saúde do […]
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A falta de kits cirúrgicos prejudica a realização de cirurgias no HRMS (Hospital Regional de Mato Grosso do Sul). O problema persiste há semanas, apesar do lançamento do Plano Emergencial, para agilizar a compra de medicamentos e insumos para o hospital.
A dona de casa Marli dos Santos, de 35 anos, teme pela saúde do marido Edson Oliveira, que está internado no Hospital Regional há 25 dias. Apesar das promessas sobre a cirurgias, a chegada dos kits cirúrgicos nunca é suficiente para quem está esperando e Edson não consegue ser operado pela falta da ponte de safena.
“O risco é de pegar uma bactéria aqui [no Hospital], até os acompanhantes correm este risco. Desde a semana passada falam que as cirurgias vão começar, mas isso não acontece. A gente quer uma resposta para saber o que está acontecendo”, diz.
Outro acompanhante, que não quis se identificar, afirma que há casos de infecção no hospital. “Todos os dias falam que chegou o kit cirúrgico ou que está chegando, as pessoas estão tendo infecção por causa do acesso que é colocado para tomar medicamento. Ninguém dá uma resposta. Tem um paciente aqui no sexto andar que está com febre desde ontem e hoje está tremendo muito e vomitando, o médico disse que é infecção”.
Em agenda nesta segunda-feira (16), o titular da SES (Secretaria de Estado de Saúde), Geraldo Resende, disse em entrevista ao Jornal Midiamax que houveram diversos avanços no Hospital Regional, como a compra emergencial de insumos, há falta de menos material, e há uma redução de custos com horas extras. Entretanto, o secretário aponta que a situação não vai mudar de uma hora para outra.
“Acredito que houve vários avanços, não é a curto prazo que teremos uma solução mágica para o Hospital Regional. Até o final do ano, teremos muito a comemorar, com as várias ações que estamos fazendo para o Regional”, diz Resende.
Apesar da persistência da falta de insumos no HRMS, os pacientes e acompanhantes ressaltam que algumas coisas mudaram na última semana. Segundo Marli, a reposição dos lençóis está sendo feita e a alimentação no hospital melhorou e agora há variedade de alimentos, diferente de situação denunciada em reportagem, quando o cardápio se resumia a arroz, ovo e repolho.
Plano emergencial
O decreto com o plano emergencial foi publicado no dia 28 de fevereiro. O decreto permite a contratação direta de bens e serviços para a manutenção dos serviços de saúde e dispensa licitação. O plano emergencial tem duração de seis meses e há preferência na tramitação e no pagamento dos processos de contratação de bens e de serviços perante a Superintendência de Gestão de Compras e Materiais da SAD e a Sefaz. O Estado de Mato Grosso do Sul ainda deve buscar parcerias com a União, os Poderes deste Estado, outras Unidades da Federação e os Municípios. “Visando à transferência de conhecimento, tecnologia e de experiência voltados à racionalização das despesas e à otimização dos recursos destinados à saúde”, diz o decreto.
Por nota, a assessoria de imprensa do Hospital Regional, informou que existe uma necessidade de separação entre pacientes que aguardam na fila de espera devido a necessidade de material, e os que aguardam por melhora clinica, para então poder operar.
Ainda conforme o hospital, graças a medida do decreto emergencial, cerca de 50% dos insumos já foram entregues ao HRMS, colocando em normalidade as cirurgias dos pacientes. Devido ao feriado, ocorrerá um atraso nas entregas que também será normalizado na semana que vem.
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