A SES (Secretaria de Estado de Saúde) descartou que tenha sido a causa da morte de Sidney dos Reis Nantes, de 5 anos, que faleceu na tarde da última segunda-feira (25), no Humap-UFMS (Hospital Universitário), após sofrer 13 paradas cardíacas.

Inicialmente, o diagnóstico era de dengue hemorrágica, mas como o exame descartou esta causa, a morte de Sidney permanece misteriosa. Ao Jornal Midiamax, a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) destacou que ainda não foi formalmente notificada do resultado do exame, que é fornecido pelo Lacen (Laboratório Central de Saúde Pública), mas destacou que, nestes casos, o óbito segue em investigação pelas autoridades de saúde.

Além da ausência de diagnóstico, a família de Sidney também afirma ter havido negligência no atendimento à criança. Segundo eles, foram três dias de “peregrinação” por atendimento na UPA  (Unidade de Pronto Atendimento) Universitário até o diagnóstico e a posterior internação no Humap. Para a família, se o atendimento não tivesse sido negligente, a criança poderia estar viva.

“Lá na UPA examinaram ele e disseram que poderia ser dengue, mas ficou por isso. Ele fez os exames e liberaram ele para ir para casa. A gente voltou no dia seguinte, na sexta-feira, e sabe o que aconteceu? Perderam o exame dele”, relatou uma tia da criança, Camila Lima de Arruda, ao Jornal Midiamax.

De acordo com a família, na semana passada, após o primeiro atendimento, o exame de Sidney foi extraviado e impossibilitou o diagnóstico, o que só veio a ocorrer dois dias depois.

“No sábado a gente voltou na mesma UPA e a médica que atendeu ele pegou os exames e já ordenou que ele fosse internado imediatamente porque era dengue hemorrágica”, disse a tia do garoto.

Com os hospitais lotados, a regulação saiu apenas no domingo (24). Internado na UPA, a transferência para o Humap ocorreu somente por volta das 19h daquele dia. Na ocasião, Sidney sofreu sete paradas cardíacas e precisou ser reanimado.

Apuração

No início da semana, a Sesau destacou que investigará de forme ‘reversa' o caso. O secretário Marcelo Vilela disse que a apuração do caso será de forma detalhada, desde o primeiro atendimento na quinta-feira (21) até o dia do falecimento.

Vilela disse que no caso como o de Sidney, é normal que o paciente seja medicado e liberado para ir para casa, mas quando há piora, precisa voltar, assim como a família fez.