Esquema de segurança não agrada jornalistas durante a posse; Até maçã inteira foi proibida
O esquema de segurança durante a posse do presidente eleito, Jair Bolsonaro, não agradou os profissionais da imprensa que foram mobilizados para cobrir a cerimônia na tarde desta terça-feira (1), em Brasília. Jornalistas experientes da área política taxaram como “absurdo” a forma como assessores e segurança trataram os profissionais. Mônica Bergamo usou o espaço da […]
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O esquema de segurança durante a posse do presidente eleito, Jair Bolsonaro, não agradou os profissionais da imprensa que foram mobilizados para cobrir a cerimônia na tarde desta terça-feira (1), em Brasília. Jornalistas experientes da área política taxaram como “absurdo” a forma como assessores e segurança trataram os profissionais.
Mônica Bergamo usou o espaço da sua coluna na Folha de São Paulo para contar o drama que passou durante a cobertura da posse de Bolsonaro. A colunista relata que os jornalistas foram informados de que não poderiam ter acesso livre, por exemplo, ao salão nobre do Palácio do Planalto.
Ainda, de acordo com o texto, os fotógrafos foram orientados pelos assessores a não erguerem suas máquinas porque qualquer movimento suspeito poderia levar um sniper (atirador de elite) a abater o “alvo”.
Outra coisa que incomodou os profissionais da imprensa foi o tempo de espera até a cerimônia. Bergamo ainda contou na coluna que os organizadores da cerimônia também distribuíram orientações por escrito à imprensa: os jornalistas credenciados deveriam chegar ao CCBB (Centro Cultural do Banco do Brasil), no dia 1º, às 7 horas da manhã.
Conforme o texto, “embora a posse no Congresso estivesse marcada para as 15h, os jornalistas teriam que se concentrar desde cedo, embarcar nos ônibus às 8h, chegar no Congresso pouco depois e esperar, sem fazer nada, por mais de seis horas, para ver Bolsonaro entrar no parlamento.”
A comida foi outra chateação à parte. Os profissionais precisaram levar lanches embalados em plásticos transparentes e as frutas tinham que ser cortadas em cubos sob alegação que poderiam ser jogadas no atual presidente.
Garrafas de água foram proibidas e, segundo relatos, embora tivessem cerca de 100 jornalistas no salão, somente um banheiro foi liberado para a imprensa. Além disso, alguns repórteres contaram que foram “convidados a se retirarem” da sala do cafezinho.
Todos as cadeiras e poltronas foram retiradas do local designado aos jornalistas (cercado por uma grade de ferro), e, por este motivo, muitos optaram por sentar no chão para aguentar o cansaço de um dia inteiro de trabalho.
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