De 2002 a 2019, o país registrou 17 ataques dentro de escolas, somado com o massacre na manhã desta quarta-feira (13), na Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano, no estado de São Paulo. Ao todo foram 75 vítimas, 36 delas morreram e 39 ficaram feridas.

O ataque em Suzano, nesta manhã foi o segundo maior, com 10 mortos e 9 feridos até o momento. Dois criminosos entraram encapuzados na escola e após os disparos, ambos se mataram, segundo os relatos. Além dos atiradores, as vítimas fatais foram cinco estudantes, duas funcionárias da escola e o dono de uma locadora de carros.

Os autores do ataque foram identificados como Guilherme Taucci Monteiro, de 17 anos, e Luiz Henrique de Castro, de 25 anos.

Em primeiro lugar em número de vítimas, está o ataque em Realengo, no Rio de Janeiro, que aconteceu em 2011. Na ocasião onze crianças morreram e 13 ficaram feridas, todas com idades entre 12 e 14 anos, após um homem de 23 atirar contra as salas de aulas lotadas da Escola Municipal Tasso da Silveira.

Identificado como Wellington Menezes de Oliveira, o atirador seria ex-aluno da escola e entrou no local dizendo que realizaria uma palestra para os alunos. No crime ele usou dois revólveres, que chegaram a ser recarregados várias vezes. Após ser atingido por um policial ele também se suicidou.

Além desses dois grandes massacres, outros 15 com menor número de vítimas, foram registrados no país. Em setembro de 2018, em Medianeira, no Paraná um adolescente de 15 anos, entrou armado e atirou contra colegas de classe no Colégio Estadual João Manoel Mondrone.

Dois alunos ficaram feridos, um de 15 e o outro de 18 anos. Foram apreendidas à época dois adolescentes, um deles, responsável pelo ataque afirmou que sofria bullying na escola e que o alvo seriam nove colegas. Ele admitiu que teria planejado o crime por dois meses e saiu de casa naquele dia decidido a realizar o ataque.

Em outubro de 2017, oito crianças e uma professora morreram no Centro Municipal de Educação Infantil Gente Inocente, em Janaúba no norte de Minas Gerais, quando o vigia Damião Soares dos Santos, 50 anos ateou fogo nas vítimas e nele mesmo.

Damião chegou a ser internado, mas morreu horas depois. As informações são de que ele trabalhava no local desde o ano de 2008 mas estaria de licença médica e teria ido ao local para entregar um atestado.

Também em 2017, na cidade de Goiânia, um estudante de 14 anos, atirou dentro do Colégio Goyases, uma escola particular de ensino infantil e fundamental. NO local dois estudantes morreram e quatro ficaram feridos.

As informações, eram de que o autor seria filho de policias militares e estaria dentro da sala de aula. No momento do intervalo, pegou a pistola de dentro da mochila e efetuou os disparos. Quando se preparava para recarregar o revólver, a coordenadora do colégio o convenceu a travar a arma.

No ano de 2012, dois adolescentes de 13 e 16 anos, deixaram três alunos feridos na Escola Estadual Enéas Carvalho, em Santa Rita, João Pessoa.  Eles foram apreendidos após o tiroteio, onde um deles efetuou seis disparos.

Para a polícia, eles disseram que o alvo seria um colega de 15 anos, as outras duas vítimas foram atingidas apenas por estarem próximas.

Já em 2011, além do ataque em Realengo, no Rio de Janeiro, um aluno de 10 anos atirou contra a professora na Escola Municipal Alcina Dantas Feijão, em São Caetano do Sul, no estado de São Paulo.

Após o crime o garoto atirou contra a própria cabeça, e acabou morrendo no hospital. Ele seria filho de um guarda civil municipal, e usou um revólver calibre 38. A professora sobreviveu.

Também no interior de São Paulo, no ano de 2003 em Taiúva, um ex-aluno deixou 7 pessoas feridas, após um ataque a tiros na Escola Estadual Coronel Benedito Ortiz.

As vítimas foram cinco alunos, o caseiro, a zeladora e uma professora da instituição. Um dos estudantes ficou paraplégico. O autor do ataque seria Edmar Aparecido Freitas, de 18 anos. Ele invadiu a escola armado com um punhal e um revólver calibre 38, e logo após os disparos se matou. Ele também seria vítima de bullying.

E em 2002, um aluno de 17 anos, atirou contra duas colegas dentro da escola particular Sigma, em Salvador na Bahia. As duas morreram e em seguida o autor se entregou à polícia.

Na Capital

Em outubro de 2018, um aluno de 9 anos entrou armado com uma pistola 640 na Escola Adventista na Capital. Na época, as informações da policia eram de que o garoto teria colocado a mão dentro da lancheira, o dedo no gatilho e atirou atingindo a própria perna.

Ele foi socorrido ainda no local pela professora. Logo em seguida foi levado para o pronto socorro.

De acordo com a Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública), os pais do garoto seriam médicos legistas e a arma, apreendida, seria de uso pessoal do pai que deveria prestar esclarecimentos na delegacia.