Os servidores da UFMS (Universidade Federal de ) já deram início a paralisação nesta quarta-feira (02). Pela manhã aconteceu o júri simulado onde foi discutido o Future-se – programa criado pelo para promover maior autonomia financeira às universidades e institutos federais por meio de incentivo à captação de recursos próprios e ao empreendedorismo. Na ocasião, cerca de 200 pessoas participaram da ação e o programa foi ‘condenado' pela comunidade universitária da UFMS.

Na semana passada, acadêmicos de vários cursos ocuparam o bloco 6 da Universidade em protesto a implantação do projeto Future-se. A ação foi rompida por receio dos estudantes de entrar em um confronto violento contra a polícia.

Para Marco Aurélio Stefanes, presidente da ADUFMS (Organização Sindical dos Docentes da UFMS), a paralisação vem para chamar a atenção da sociedade às consequências do contingenciamento, que tem afetado várias atividades de ensino como aulas de campo e aulas práticas.

“Nossa discussão é positiva. No entanto, o conteúdo do projeto põe em risco o patrimônio público das universidades. Há possibilidade do patrimônio público ser transferido para organizações privadas sem licitação. Somos contrário ao conteúdo do programa, pois atinge a autonomia da universidade e busca descomprometer o governo com o financiamento do ensino e da pesquisadora”, explica.

Cleo Gomes, coordenadora geral do SISTA-MS (Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Fundação Universidade Federal de Mato Grosso do Sul e Institutos Federais de Ensino de MS) ressalta que os servidores esperam agora um posicionamento da reitoria contra o Future-se “e que o Governo libere os recursos bloqueados, além das bolsas e auxílios que foram cortados”, afirma.

Programação

A partir das 14 horas desta quarta-feira (02), na UFMS, a segue com uma roda de conversa ainda para debater sobre o Future-se e às 15h30, na Concha Acústica da universidade haverá outro bate-papo para falar sobre a educação em tempos de crise.

Já na quinta-feira (03) o ato de grito em defesa da universidade pública inicia às 8 horas em frente a Biblioteca Central do Campus e às 14 horas acontece uma aula pública com o tema ‘A quem interessa o desmonte da educação pública?', no Multiuso.