Com os constantes incêndios acontecendo no país, a Estadual criou uma sala de monitoramento para cuidar dos focos de calor que estão acontecendo em Mato Grosso do Sul. Nos primeiros levantamentos já foi apurado que Corumbá é a cidade mais afetada com a estiagem e queimadas.

Conforme o tenente-coronel bombeiro Fábio Catarinelli, haverá uma reunião nesta terça-feira (27) às 10h, para tratar do assunto. Os focos de calor serão levantados na central do órgão e, posteriormente, passado para as autoridades competentes, como o Corpo de Bombeiros.

O coordenador disse que os focos de calor são monitorados pelo Ibama e pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), mas o site do instituto começou a apresentar instabilidade devido à grande procura na plataforma. Para solucionar o problema, a Defesa Civil optou por criar a sala de acompanhamento.

Corumbá, de acordo com Catarinelli, é onde está concentrado o maior foco de calor de MS e, inclusive, já aparece no ranking de maiores índices nacionais. A cidade tem 70 km² de extensão e tem à disposição 28 atuantes na Defesa Civil, além de uma guarnição fixa do Corpo de Bombeiros.

Catarinelli ainda fomentou que, devido ao incêndio que consumiu um parque florestal na Bolívia na última sexta-feira (23), a fumaça do país vizinho tem chegado até a região do Pantanal. O Governo Estadual chegou a ceder combustível para ajudar a abastecer os aviões alugados pelo governo boliviano a conter as chamas.

Fogo na Bolívia

Cerca de 500 mil hectares já foram atingidos pelo incêndio, que começou no dia 6 deste mês, na região próxima a cidade de Roboré, no sudeste da Bolívia, onde há uma extensa área de parque. Também já existem chamas próximas da fronteira com o Brasil.

A situação já teria sido controlada em 80%, segundo o governo boliviano, que enfrenta críticas da oposição, que usa o incêndio como ponto negativo da gestão – uma eleição se aproxima em outubro no país. Também houve pedido de suspensão de uma greve geral.

Até o início da semana, os helicópteros que trabalham no combate tinham gastado, em 79 descargas, 64,7 mil litros de água vinda de uma lagoa. Ao todo, 400 policiais, bombeiros e homens do exército foram deslocados para o serviço.