já soma mais de 11.660 casos suspeitos de , conforme revelou a (Secretaria Municipal de Saúde) na manhã desta quarta-feira (20) ao Jornal Midiamax. Deste total, cerca de 2.800 já foram confirmados.

Os dados reforçam o estado de epidemia em que o município se encontra e, a partir disso, definem a estratégia para combater a doença. Neste momento, a secretaria foca na eliminação dos focos do Aedes aegypti, mosquito transmissor não só da dengue, mas também da zica e chikungunya.

Com quase 12 mil casos suspeitos, Sesau intensifica guerra à dengue em Campo Grande
Ação de agentes de saúde e de profissionais nas UPA poderá ser intensificada (Foto: Divulgação | PMCG)

À reportagem, a Sesau destacou que a etapa do trabalho preventivo foi concluída e que, neste momento, a parte mais efetiva ocorre na redução dos focos, a partir das visitas domiciliares de agentes de saúde.

Além disso, a pasta destacou que o trabalho assistencial, com o reforço de profissionais de saúde a partir do decreto municipal que autorizou aumento de plantões, será marcado por mais atendimentos nas UPA (Unidades de Pronto Atendimento) e CRS (Centros Regionais de Saúde), devido ao aumento da demanda por atendimentos médicos.

Dados epidemiológicos

A pasta concentrou nas sextas-feiras a divulgação dos números de notificações e de confirmações de dengue na Capital. A estratégia, de acordo com a Sesau, visa diminuir as divergências entre os números da SES (Secretaria de Estado de Saúde) e a planilha municipal.

“Ao lançar os números no Sinam (Sistema de Informação de Agravos de Notificação), do Ministério da Saúde, encontramos divergências entres os números trabalhados pelo Estado e a Prefeitura. Atualmente, por exemplo, o Sinam aponta cerca de 6 mil notificações na Capital, mas nosso número é o dobro. Isso ocorre devido a velocidade da atualização, já que na Capital os números mudam muito rapidamente”, destaca a Sesau.

Já sobre os plantões, no fim de março já será possível contabilizar o incremento de profissionais de saúde na frente assistencial contra a dengue, a partir do decreto municipal que permite aumento de 14 para 20 plantões de 12 horas – seis a mais por mês, por profissional.

“Vamos contabilizar melhor o resultado no fim do mês ou começo de abril, quando teremos o quantitativo de profissionais que aderiram ou não”, conclui.

Estado de emergência

A Prefeitura de Campo Grande publicou, em 25 de fevereiro, decreto de situação de emergência, devido aumento expressivo nas notificações de dengue em Campo Grande. O objetivo é destravar processos licitatórios para compra de insumos e possibilitar aporte de recursos emergenciais da União e do governo do Estado para combater dengue, zika e chikungunya.

Com quase 12 mil casos suspeitos, Sesau intensifica guerra à dengue em Campo Grande
Prefeito de Campo Grande durante coletiva que anunciou previsão do decreto (Foto: Daiany Albuquerque | Midiamax)

De acordo com a Sesau, o decreto possibilita tanto a utilização de recursos financeiros para a contratação de mais profissionais para plantões nas UPA (Unidades de Pronto Atendimento), como intensificar o trabalho de equipes de agentes comunitários de saúde, de forma menos burocrática e mais célere. Ainda segundo a Sesau, o decreto terá validade de 180 dias, podendo ser prorrogado.

Epidemia

A última epidemia registrada em Campo Grande foi em 2016, quando somente em janeiro e fevereiro houve 19.300 casos da doença. Naquele ano, foram contabilizados 32.964 casos. Conforme a administração municipal, o vírus que está em circulação é do tipo 2 e já provocou vários casos de dengue hemorrágica nos anos de 2009 e 2010.

Por apresentar evolução rápida, com quadro de piora de três a cinco dias, exige que as pessoas procurem atendimento médico assim que surgirem os primeiros sintomas. Os maiores riscos são para idosos e crianças menores de 10 anos.