O concurso para os cargos de escrivão e investigador da foi retomado nesta semana, mas a próxima fase do concurso só está prevista para daqui a seis meses. Em coletiva na SAD (Secretaria de Estado de Administração e Desburocratização) nesta quinta-feira (31), o coordenador de Seleção e de Ingresso de Pessoal e membro da comissão organizadora, Paulo Victor Oliveira, afirma que devido às judicializações, o concurso público está atrasado.

“O concurso da Polícia Civil está em andamento. Em meados de julho devemos iniciar o curso de formação. Tivemos uma por conta da prova prática [de digitação]”, explica. O concurso foi suspenso em outubro, após uma série de problemas na prova prática de digitação, quando o conteúdo da folha de digitação chegou a ser vazado. Após três meses suspenso, o concurso público foi retomado na última sexta-feira (25).

Oliveira ressalta que o concurso está em andamento, mas há procedimentos a serem feitos antes do curso de formação. “Temos que fazer a investigação social, a análise dos documentos, verificar informações que os candidatos informaram na entrevista… Pretendemos terminar tudo isso até junho e enfim iniciar o curso em julho, isso se não houver outra judicialização”, pondera. O coordenador afirma que o concurso está um ano atrasado, já que o curso estava previsto para iniciar em junho do ano passado.

De acordo com o edital do concurso, o Curso de Formação Policial terá a carga horária mínima de 600 horas/aula e será coordenado e ministrado pela Academia de Polícia Civil. Durante o curso, são exigidos frequência obrigatória e dedicação exclusiva. O candidato matriculado no fará jus a uma retribuição e ajuda de custo, para fins de transporte, alimentação e demais despesas, conforme o edital.

Entenda o atraso

A prova de digitação correspondeu à sexta fase do concurso da Polícia Civil, que oferece 180 vagas para o cargo de agente de polícia judiciária, sendo, 80 na função de escrivão e 100 para a função de investigador. O concurso foi suspenso em outubro por uma decisão do juiz David de Oliveira Gomes Filho, da 2ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos de Campo Grande, por conta dos problemas na prova prática, que incluiu o vazamento do texto que seria digitado.

Para a prova, os candidatos foram divididos em grupos, que se sucediam a cada meia hora, mas o texto era o mesmo para os dois dias de prova. O MP-MS (Ministério Público de ) considerou que o conteúdo do texto para avaliação foi idêntico para todos os grupos de candidatos e defende que o vazamento prejudicou a igualdade entre os concorrentes.

No dia 16 de janeiro, um mandado de intimação foi expedido para que a SAD comprovasse o cumprimento de tutela de urgência e desse andamento ao concurso público em 10 dias, sob a pena de multa diária de R$ 10 mil. Para acatar a decisão, o concurso enfim foi retomado na última sexta-feira (25).