As obras de revitalização da têm caminhado a passos lentos após Governo Federal atrasar por três meses o repasse de verbas destinada às empreiteiras responsáveis pelo projeto. Sem o pagamento, as obras diminuíram o ritmo, mas operários seguem confiantes de que os trabalhos serão concluídos no prazo previsto.

Após Governo Federal atrasar pagamento, obras na Ernesto Geisel diminuem ritmo
Foto: Leonardo de França/Jornal Midiamax

O Jornal Midiamax visitou o grande canteiro de obras que se transformou uma das principais avenidas da cidade e encontrou um local com poucos operários. Na parte do lote 1, em frente ao Shopping Norte Sul, um dos funcionários comentou que, de fato, sentiu celeridade da obra diminuir nos últimos meses.

“A gente que está aqui todos os dias desde o começo das obras, percebe que deu uma freada no ritmo, sim. Mas estamos trabalhando para conseguir cumprir com o que está previsto, que é entregar essa parte da obra aqui em agosto”, contou operário a reportagem. A primeira parte da obra, entre as Ruas Santa Adélia e Abolição, deve ser entregue no aniversário de Campo Grande, como anunciado pela prefeitura em janeiro.

Do outro lado, poucos funcionários trabalham no lote 2 e 3, que devem ser entregues em setembro. Um funcionário da contou a reportagem que ficou sabendo da falta de repasse do e isso causou, de fato, uma ‘parada’ no andamento das obras.

Após Governo Federal atrasar pagamento, obras na Ernesto Geisel diminuem ritmo
Trecho começou a desmoronar e obras paralisaram no ponto | Foto: Leonardo de França/Jornal Midiamax

“Teve uma parte do outro lado que ameaçou desmoronar esses dias e até agora não deu para mexer. Nesses últimos meses aí deu para ver que deu uma diminuída no procedimento mesmo, mas a gente espera que volte ao normal. Seria triste demais se a obra sofresse chegando na reta final”, comentou.

O operário ainda contou que a empreiteira conta com uma equipe de 50 funcionários, mas o que se vê, é uma obra dispondo apenas de, no máximo, 10 pessoas.

A Prefeitura Municipal disse que a obra está sendo executada conforme o cronograma e que repasses do Governo Federal serão normalizados pelo Ministério do Desenvolvimento Regional. Já o trecho interditado da avenida depois da Rua da Abolição, fechado há quase 9 meses, será liberado dentro de 60 dias.

“A obra está 60% concluída. O primeiro lote, até a Rua da Abolição, deve estar pronto até agosto. Este segundo lote, deve ser entregue até dezembro”, disse assessoria.

Atraso no pagamento

De acordo com o prefeito de , Marquinhos Trad (PSD) o Governo Federal está há três meses sem pagar a empresa responsável pelas obras de contenção de erosão na avenida Ernesto Geisel.

A declaração foi dada durante agenda na tarde desta quinta-feira (23), de assinatura de convênio entre prefeitura e governo para obras de recuperação no Parque das Nações Indígenas, que ocorreu na Governadoria. “Ali na Ernesto Geisel há mais de 11 meses o trabalho estava fluindo de forma célere, rápida e está três meses sem o governo [Jair] Bolsonaro pagar a empresa”, declarou o prefeito.

Marquinhos Trad esteve em Brasília (DF) na terça-feira (21), onde foi pleitear junto ao do Ministério do Desenvolvimento Regional o empenho de R$ 22 milhões de emendas impositivas (de liberação obrigatória), que será usado para o de 35 km de vias. Apesar disso, o prefeito disse que sua maior preocupação é justamente com as obras que estão em andamento. “Se a gente conseguir manter o que já está em produção nós vamos aplaudir”.

Projeto retomado

A revitalização do Rio Anhanduí é um projeto antigo. No ano passado, a Prefeitura recuperou os recursos alocados junto ao Ministério das Cidades e fez a licitação. A obra faz parte de um conjunto de ações que beneficiará diretamente os moradores dos bairros Marcos Roberto, Jockey Clube, Jardim Paulista e Vila Progresso.

Na etapa que está em ação, estão previstas intervenções num trecho de 2 km, entre as ruas Santa Adélia e do Aquário, investimento de R$ 48.497.999,21. Estão previstas intervenções para recompor as margens do rio, mas também dentro do leito, com implantação de soleiras (espécies de degraus) para reduzir a velocidade da água e reter areia que desce das cabeceiras, evitando assim o assoreamento, a formação de bancos de areia.