Neste momento, acontece a Feira de Vinil, na cervejaria Eden Beer, com vendas de discos raros e atuais. Diversos e colecionadores se reúnem, até as 18 horas, no local para trocar ideias, falar de música, confraternizar e comercializar os produtos. Participam da Feira as lojas: Baratos do Pântano, Arco da Velha, Tráfego Vinílico e Hamurabi.

Essa é a terceira edição da Feira em 2019, que acontece a cada trimestre. De acordo com um dos organizadores do evento, Pedro Espíndola, em média costumam passar de 80 a 100 pessoas pela feira, o que demostra um grande interesse da população pelos discos. “Hoje em dia, a procura pelo vinil tem aumentado, o que seria bacana é se tivesse mais toca discos. É algo que está voltando a crescer, mas ainda não estabilizou”, afirma.

Segundo Pedro, cada disco tem um valor individual – o que define é a qualidade, conservação, quantidade, o interesse e o estilo. Na feira é possível encontrar de R$ 15 até acima de mil reais. E de acordo com ele, os gêneros mais procurados é e MPB.

Conservação do disco

Marcos e Pedro reforçam sobre os cuidados com os discos de vinil, pois dependendo do estado físico do material o valor altera. Para isso, eles deram algumas dicas de como mantê-los bem conservado: Manusear corretamente, segurando sempre pelo adesivo no meio ou pelas bordas, evitando que o vinil seja tocado pelos dedos que podem conter e gordura; usar proteção plástica tanto na capa quanto no próprio disco; e se o material estiver muito sujo, utilizar um algodão umedecido com água para fazer a limpeza.

Valor histórico e sentimental

Marcos Oliveira é proprietário da loja Tráfego Vinílico etc. e conta que já teve uma coleção imensa e devido a isso que decidiu criar o estabelecimento – para poder vender a quantidade de disco que guardava. “Hoje tenho uns 40 discos que eu não vendo por nada, são relíquias e carregam um valor histórico muito grande. Quando meu estoque de venda vai acabando eu já começo a garimpar em outras lojas e até fora do Estado para não deixar as caixas vazias”, conta.

Pedro Espíndola conta que mesmo trabalhando com venda de vinil, ele se apega as peças que saem da loja. “Mesmo que não seja da minha coleção pessoal, mas o vinil tem um valor histórico sentimental muito grande pra mim. Gosto de música, então dependendo do artista eu analiso se fico com a obra ou se vendo, mas é bom não acumular muito também, eu gosto de ter só o que eu vou ouvir”.

Gabriela de Marco, de 32 anos, é colecionada há seis anos, mas o contato com o vinil é desde pequena. Ela aproveitou a feira e levou para casa diversos discos. “Eu vim porque é difícil ter eventos como esse na Capital, então aproveitei a oportunidade que nos poupa tempo em sair de loja em loja procurando por disco. Aqui a gente consegue ver o físico, diferente de comprar pela internet que já acho mais arriscado. Eu adoro vinil e toda a experiência que ele nos proporciona – o pegar, o cheiro, ver o álbum, etc.”, afirma.