A ansiedade é considerada um dos males do século e pode até desencadear situações que atrapalham definitivamente o corpo humano. O Jornal Midiamax ouviu especialista que explica como descobrir e conviver com a doença que atinge 18,6 milhões de pessoas no país.

Recentemente, a OMS (Organização Mundial da Saúde) declarou que o Brasil é o primeiro num ranking com o maior índice de pessoas que sofrem de ansiedade. Segundo a organização, cerca de 18,6 milhões de pessoas convivem com a doença. De acordo com o estudo, a doença está presente mais em mulheres, cerca de 7,7% são ansiosas, enquanto os homens são representados por 3,6%.

“A ansiedade pode ser um sinal de alerta para possíveis perigos, é um tipo de distúrbio que pode paralisar a vida do indivíduo a realizar determinada ação ou atividade. Ela pode ser desenvolvida na tentativa de resolver situações que ainda irão acontecer sem nem saber ao certo se dará certo ou não”, explicou a psicóloga Emmanuele Pereira da Silva.

A psicóloga afirma que o pico máximo da doença é quando o ser humano não consegue ter mais controle da sua vida, perdendo coragem de enfrentar situações ou não acreditar que conseguirá sair dela, podendo vir até ser patológica.

As principais características que podem indicar a ansiedade em alguém são: aumento da pressão sanguínea e dos batimentos cardíacos, rigidez muscular, excesso de atividade motora, aumento da transpiração nas mãos, pés.

“Quando persistente, ela convém de indícios de se tornar patológica diante de algum objeto específico ou a uma situação desproporcional que sai do controle do indivíduo, causada pela antecipação de vivê-la antes de exatamente acontecer. Outras doenças podem ter comorbidades advindos da ansiedade como algum transtorno de pânico, transtorno alimentar, onde pode se deslocar a um efeito de “amenizar” aquele sofrimento da ansiedade, resultando no prazer momentâneo da comida”, comentou Emmanuele.

Como controlar?

Emmanuele também ensina algumas possibilidades em que é possível controlar o início da ansiedade em algumas situações. O ser humano precisa se mostrar dominador de si e buscar autocontrole da respiração. A meditação também entra na lista de opções para “combater” a ansiedade, onde é possibilitado a auto percepção ou consciência de si.

Os exercícios ajudam a reduzir os hormônios do estresse, fator que influencia a ansiedade e também ajudam a melhorar o como um todo. O exercício entra na composição de se livrar da preocupação e do estresse, tendo a oportunidade de focar somente na tarefa de se exercitar.

“A prática regular de exercícios físicos proporciona efeitos antidepressivos e ansiolíticos a fim de proteger o organismo de malefícios do estresse na saúde física e mental, lembrando-se que estas atividades corroboram para melhoria da respiração, como em outros aspectos de uma vida saudável”.

Papel do psicólogo

Os psicólogos trabalham extensivamente na psicoterapia e tratam ao sofrimento emocional e mental em pacientes que possuem intervenção comportamental. O trabalho do psicólogo também envolve testes, o que poderia ser fundamental para avaliar o estado mental de uma pessoa e orientar o caminho mais adequado de tratamento.

“A ansiedade de maneira trabalhada na terapia pelo psicólogo pode ter um manejo do indivíduo para controle desses sintomas a teu favor, e como poderia ser isso? Quando o terapeuta busca entender de onde surgiu aquela sensação de ter controle sobre tudo, possivelmente sobre o futuro”, finaliza a psicóloga.