Vizinhos da folia: confira as condutas que incomodam quem mora na rota do Carnaval

As reclamações se repetem ano após ano

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As reclamações se repetem ano após ano

Carnaval é aquele tipo de data no calendário que divide opiniões: há quem ame, há quem odeie. Para quem ama, o período é sinônimo de pura curtição, mas é importante aproveitar com consciência para não incomodar as pessoas que são alheias à festa.

Com os blocos na rua já nesta sexta-feira (9), o Jornal Midiamax ouviu as pessoas que moram nas ruas que são pontos de festa para saber o que mais as incomoda quando o folião não tem respeito pelo espaço público e com os moradores do local.

O bairro Vila Nasser abriga uma das escolas de samba da Capital, a “Deixa Falar”. Como não poderia ser diferente, em período de carnaval, os ensaios são constantes e é justamente com isso que os moradores sofrem. Para o aposentado Sérgio Pires de Araújo, 40 anos, o som alto é um verdadeiro problema. “O barulho incomoda muito porque vai até umas 22:00 horas”, contou.

E não é só ele que pensa assim. A dona de casa Silvéria da Costa Cristal, 24 anos, também mora próximo da escola de samba e reclama da barulheira. “O barulho incomoda muito”, disse. Outro vilão para quem é obrigado a conviver com as festas do carnaval é a sujeira.  “Existe a sujeira, mas até que limpam rápido”, ponderou.

Assim como na Vila Nasser, no bairro Vila Carvalho, também há ensaios diariamente desde janeiro por conta da escola de samba Unidos da Vila Carvalho. Segundo a costureira Mari Delmondes, 41 anos, que mora na esquina da quadra, o barulho incomoda os moradores próximos, mas o grande incômodo é a falta de bom senso dos foliões que passam pelo local. Entre as situações que ela enfrenta com frequência na época do carnaval é o forte odor de xixi nas ruas no dia seguinte da festa. “As pessoas não têm noção da sujeira que fazem”, contou.

A situação não se resume somente para quem mora perto das quadras das escolas de samba. Na Esplanada Ferroviária, ponto tradicional dos blocos de rua de Campo Grande, a falta de educação de alguns foliões parece não ter limites. Uma das moradoras do local, a atriz Bete Terras, contou algumas situações que já aconteceram. “As pessoas fazem de tudo. Fazem xixi, cocô e sexo”, disse.

Segundo Terras, há muitos idosos que moram no local, o que torna circunstância ainda mais difícil de se resolver. “Então é complicado por conta da bagunça, do barulho e a sujeira que fazem na rua”, observou.

Além da rua, a sujeira chega na calçada das casas, obrigando os moradores a limparem no dia seguinte. “É sempre a mesma coisa, tem esses mesmos problemas quando amanhece. Nós temos que jogar água na calçada para limpar”, disse. 

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Marinete Pinheiro
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