Projeto iniciou na quinta-feira e já realizou 17 encaminhamentos 

Para dar início ao projeto “Uma Nova Chance”, realizado pelo Conselho Comunitário de Segurança da Área Central (CCSAC), na quinta-feira (29), dez conselheiros comunitários começaram a abordar as pessoas em situação de rua que vivem na área central de para fazer um cadastro com o objetivo de ressocializá-las. Além da triagem, a intensificação de rondas e blitz nos locais de concentração de moradores de rua também está prevista para os próximos dias.

A triagem se iniciou pelas mediações da Igreja Santo Antônio e da Orla Ferroviária, pontos nos quais foram realizadas cerca de 40 abordagens com 17 cadastros, dos quais um foi encaminhamento para a Associação de Apoio à População em Situação de Rua, cinco desejam voltar para suas cidades de origem e mais cinco procuram emprego.

O presidente da CCSAC, Eliezer Carvalho, explica que a abordagem é feita para saber quem deseja sair das ruas e o próprio Conselho viabilizará os meios para que essas pessoas tenham condições de recomeçar suas vidas. Além disso, como muitos moradores estão sem documentos, o Conselho firmou uma parceria com Sejusp para providenciá-los.

“Nesse primeiro contato identificamos quem quer sair dessa vida e oferecemos ajuda. Os que desejam tratamento, encaminhamos para a Clínica da Alma ou para outra casa de apoio. Para quem deseja retornar para sua cidade de origem, vamos providenciar passagens e os que queiram e estejam em condições de trabalhar, também estamos fazendo os encaminhamentos. ”  Esclarece.

Essa intervenção vem sendo estudada desde o ano passado, após reuniões com diversas autoridades, foi realizada uma audiência pública no dia 26 de fevereiro na Câmara Municipal para debater esse problema que afeta a sociedade como um todo, principalmente na região da antiga rodoviária que se tornou a “cracolândia” da capital.

“Estamos trabalhando desde o ano passado nesse projeto, pois temos visto o crescimento exponencial de usuário de drogas e de pedintes na área central da capital. Em consequência, o número de roubos e furtos também tem aumentado e os comerciantes, além da crise econômica, ainda têm o problema da violência para tratar, o que acaba por afetar toda a população”, explica Eliezer.